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Aiuruoca - Notícias
20/07/2010 17h56

Coral BDMG em Aiuruoca Apresentação integra o projeto que leva a música colonial mineira às suas origens

Coral BDMG em Aiuruoca Apresentação integra o projeto que leva a música colonial mineira às suas origens

No próximo dia 14 de agosto, a partir das 20h30, o coral BDMG (Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais) se apresentará na igreja matriz Nossa Senhora da Conceição de Aiuruoca. A entrada é gratuita.

Na programação, um rico acervo de peças selecionadas pelo maestro e regente Arnon Sávio Reis de Oliveira para serem apresentadas com acompanhamento de piano, teclado ou orquestra. Antes de cada execução é apresentado ao público um breve histórico da composição incluindo importantes informações históricas, geográficas e musicais, além de comentários sobre sua elaboração, o compositor e sua inserção na cultura musical e na realidade de sua época. O repertório traz obras de compositores setecentistas – como Manoel Dias de Oliveira, Joaquim José Emerico Lobo de Mesquita, Marcos Coelho Neto e Antônio Lopes Serino – todos, expressão maior da música colonial mineira, tanto artística, quanto historicamente.

 

A riqueza em música e harmonia

 

O afluxo de riquezas em que se encontrava o Estado de Minas Gerais no século XVIII – maior produtor mundial de ouro – proporcionou às ordens e irmandades religiosas, como acontecia na Europa, a possibilidade de custear uma enorme produção artística, sobretudo no campo das artes plásticas e da música. Pouco se sabe dos compositores além de seus nomes e datas de morte e, detalhe curioso, o fato de serem todos mulatos – o que se explica, na época, pela relegação do trabalho manual, inclusive a música, a uma posição indigna de brancos.

Apenas muito recentemente, foi despertado o interesse pela música como componente do rico mosaico que integrou o quadro cultural de Minas Gerais no século XVIII. Chama a atenção nesta produção musical não apenas a sua qualidade técnica e artística, mas também a sua atualidade para os padrões estéticos de sua época.

A altíssima qualidade das composições e o seu grande número tornaram-se conhecidos devido ao trabalho pioneiro do musicólogo uruguaio Francisco Curt Lange no início dos anos 60. O montante do acervo musical mineiro do século XVIII, a despeito do seu alto valor, está ainda longe de ser avaliado e, hoje em dia, representa um dos grandes desafios para a moderna musicologia brasileira.

A execução da música mineira setecentista é ainda uma raridade em nosso meio artístico. A sua associação ao Programa Estrada Real é, além de complementar, oportuna, num momento no qual uma das preocupações de todos os que trabalham com cultura é o fortalecimento da identidade cultural.

A execução de um programa musical que resgata a expressividade cultural da época, apresentado na sua própria região de criação, inclusive com peças elaboradas especificamente para a acústica de igrejas locais, vem contribuir significativamente para a vertente cultural do Programa, intimamente ligada aos objetivos de sua divulgação turística e da valorização histórica e cultural da região.

 

O projeto

 

Desde 2005, o Coral BDMG já visitou 44 localidades nos trechos da Estrada Real, realizando concertos de músicas sacras compostas nas cidades históricas mineiras no século XVIII e início do século XIX . O grupo, vinculado ao Instituto Cultural Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais – BDMG Cultural – desenvolve o projeto “Coral BDMG na Estrada Real” que tem contado com o apoio da Lei de Incentivo à Cultura do Ministério da Cultura e tem por objetivos: a divulgação da música brasileira, especialmente da música colonial mineira; a realização de evento cultural que realce as potencialidades da região, de fácil acesso à população local; o incremento da atividade turística na área do Programa Estrada Real, através da disponibilidade de evento cultural relacionado à história e cultura regionais; a divulgação do Programa Estrada Real; a associação às ações do BDMG na região para divulgação de seus produtos.

Para 2010, serão visitadas duas cidades: Aiuruoca e Piranga. Neste ano, o projeto não conta com o apoio da Lei Rouanet.

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