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Aiuruoca - Notícias
16/10/2014 14h02

Personagens que fazem parte da nossa história - Odete Zhourit

Dona Odete deixou muitas saudades para a população de Aiuruoca

Por Maria Rosa

 

Filha de Abraão e Julia Barachat Zehuri (o posterior sobrenome “Zhouri” foi um erro de grafia do funcionário da imigração, quando da vinda de Moukaiber), nasceu em 23 de janeiro de 1918. Quando tinha ainda apenas 7 anos perdeu a sua Mãe. O pai, comerciante (muitas vezes viajando) viu-se impossibilitado de cuidar sozinho de crianças tão pequenas; então resolveu aceitar ajuda de seus parentes no Líbano, para que delas cuidassem por uns tempos.  E foi assim que Odete e seus irmãos Mauricio, Arlete e Judite foram morar no Líbano com a família de um tio. Lá aprendeu a língua de seus pais e fez o curso primário. Voltou ao Brasil, precisamente para o Rio, onde iria completar a sua educação. Lá cursou o ginasial e outros cursos complementares de culinária, costura, balet... Nessa ocasião chegou do Líbano seu primo Moukaiber, em 23 de dezembro de 1935. Enamoraram-se e se casaram, mudando-se para Varginha, onde por algum tempo residiram. Foi lá que nasceu seu primeiro filho, Henri M. Zhouri. Nessa época o pai, Abraão, estava morando em Aiuruoca, no “Hotel Aiuruoca”, de D. Duvalina.  A presença dele na cidade foi importante para a vinda do jovem casal Moukaiber e Odete que, com o filho ainda bebê, de logo montaram a “Loja Ideal” num casarão de propriedade da família Carmo. Estabeleceram residência à rua Dr. Antônio Guimarães, onde nasceram José Sérgio, Heriot, Etur, Jussara, Maria de Fátima, Ricardo, Soraia e Andreia. D. Odete foi uma mulher prendada; além da culinária ensaiava as crianças para o Natal (que era a sua ocasião predileta), além de bailados para outras ocasiões, como o Mercado Persa. Cuidava da casa e do jardim com esmero e ensinou a seus filhos todas as suas prendas. Ela e o marido fizeram de tudo para estudá-los nas profissões que escolhessem. Amava os amigos de seus filhos e os acolhia em sua casa. Apesar de ser uma mulher alegre nunca superou a dor pela perda de Sérgio, que ainda adolescente faleceu subitamente após chegar de uma partida de futebol. Foi uma grande mulher que deu muito de si para a cidade, contribuindo para o seu crescimento cultural e econômico através de seus próprios atos e de seus filhos. Em seu comércio, com o marido, muitas pessoas encontraram e ainda encontram trabalho e treinamento para a vida. Foi lá que tive meu primeiro emprego. As pessoas passam, mas seus feitos permanecem. Esta é a minha homenagem.

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