Leia nossas últimas edições
por Maria Rosa Maciel Almeida
João Rosa Maciel nasceu no dia 21de junho de 1940, na Chácara onde sempre viveram seus pais, João Rosa Pereira e Alzira Fernandes Maciel Pereira, na cidade de Aiuruoca. Era uma manhã fria, mas havia uma grande alegria em toda a família. João cresceu forte e alegre, vivia disparado por toda a casa, depois pelos quintais e arredores. Adorava cavalos. Tinha o seu Buíque que o levava com toda mansidão, junto com os outros moleques do lugar, entre eles o mano Zezé e o filho de um seu primo, o Bento. Eles viravam os pastos, entravam no ribeirão lá em baixo, no açude do moinho, escondidos, porque os maiores diziam que era perigoso. Montavam nos bezerros, caíam dos cavalos, machucavam-se. Até que foram os três para uma escola particular, a de D. Maria Auxiliadora Gomes Ribeiro, onde aprenderam as primeiras letras; mas assim que tivesse jeito na vinda da escola, ainda pulavam no açude para se refrescarem. Nessas vezes, não faltava o Evaristo, da mesma idade, que morava pertinho. Foi uma infância bonita e feliz. Mas chegou o dia de os dois unidos irem para o ginásio de Cruzília, pois aqui em Aiuruoca os meninos não podiam estudar no Santa Edwiges, das Franciscanas. O pai não aceitava que eles saíssem de casa, eram muito mimados, uma vez que nasceu de 4 meninas. Foi Tio Cornélio que convenceu o pai e lá se foram o Zezé e o João. No 2º grau, o Zezé saiu e o João continuou com uma turminha. João foi para BH onde fez o 2º grau no colégio Santo Antônio, integrado com o Cursinho para vestibular. Quando fez o vestibular para medicina, nas ciências médicas, ficou como excedente, em 45º lugar. Depois de muita luta junto com os companheiros, conseguiram a abertura de mais vagas para o 2º semestre. Matriculou-se e fez o curso, concluído em dezembro de 1969.
Em 1971, após residência, veio para Aiuruoca, para trabalhar no Hospital São Vicente de Paulo. Em fevereiro do mesmo ano, casou-se com Gilda Arantes, filha do Sr. Gil Arantes. Nesse hospital trabalhou a vida inteira, com toda a dedicação, dando tudo de si.
Nesse mesmo Hospital depois da morte de sua irmã Ilka, com quem tinha uma ligação intensa, ele teve uma parada cardíaca. Morreu, de repente, depois de um dia intenso de trabalho. Era 23/05/1999.
Seus 3 filhos – Gustavo, Guilherme e Júlio César seguiram se us passos e são médicos – estão perpetuando o seu ideal de salvar vidas e semear o bem.
