Projeto prevê instalar 50 casinhas como esta em pontos específicios da cidade
A população canina em abandono é uma realidade de muitas cidades brasileiras. Protetores de animais e a sociedade civil como um todo procuram desenvolver alternativas de controle e proteção aos cães que vivem nas ruas. Em Andrelândia, casinhas e comedouros estão sendo colocados em diferentes pontos da cidade como forma de abrigo para os cachorros.
O projeto “Cão Comunitário” é uma iniciativa da Associação de Proteção do Meio Ambiente e do Idoso de Andrelândia (APAMIA). A entidade estima que, pelo menos, 200 cães vivem nas ruas da cidade. O projeto prevê instalar, em dois anos, 50 casinhas comunitárias e 20 comedouros e bebedouros. A estrutura dos abrigos é feita com material reciclado de Tetra Pak processado, impermeabilizado e térmico. As casinhas são colocadas em locais estratégicos da cidade, como em praças.
As casinhas começaram a ser instaladas há pouco mais de um mês. A expectativa da associação é que até o fim do ano 25 abrigos sejam distribuídos no município. Desse total, cinco já foram instaladas, 13 estão em fase de instalação e as demais foram encomendadas.
“A aceitação do projeto foi enorme. Foram várias as manifestações de aprovação da população, que passou a identificar e indicar os locais em que já existe um cão comunitário, solicitando nosso apoio para que possam assumir a responsabilidade por seus cuidados coletivamente”, conta a diretora-presidente da APAMIA, Celina Pieroni de Azevedo Rezende.
A associação já desenvolve no município outros dois projetos, sendo eles, “Castração de Animais de Rua” e Castramóvel”. Em linhas gerais, as duas propostas preveem a castração de cães e, juntamente com estas ações, são feitos trabalhos de conscientização da população para evitar novos abandonos. É importante salientar, porém, que os projetos são distintos, cada um com sua particularidade.
O controle da população, seja ela canina ou de outros animais, é de extrema importância para qualquer que seja a cidade. Estes animais, quando não recebem cuidados necessários, tornam-se vetores de zoonoses, ou seja, transmitem doenças graves como a raiva.
“Temos consciência de que o trabalho de castração e conscientização é preventivo, e o seu resultado só será sentido a médio e longo prazo. Neste meio tempo, é preciso enfrentar o problema socioambiental dos animais que já estão nas ruas. Sem os cuidados adequados de alimentação, proteção contra intempéries, atenção psicológica e controle de parasitas, tais animais se tornam vetores de zoonoses”, ressalta Celina Rezende.
Neste contexto, o “Cão Comunitário” procura proporcionar saúde e bem-estar aos animais em abandono, além de incentivar a comunidade a participar de forma efetiva nesse trabalho. A iniciativa conta com o apoio de financiamento da população e, especialmente de empresários, que podem patrocinar as casinhas, nas quais são fixadas placas publicitárias que indicam este apoio. Cada patrocinador pode apoiar o projeto com o valor de R$ 150,00.
Todas as 25 casinhas, que serão instalados ao longo deste ano, já foram patrocinadas.
A população de Andrelândia pode colaborar com reposição de água e comida nos recipientes colocados próximos aos abrigos, bem como a colocação de cobertores e limpeza e conservação das casinhas. Para contribuição e doações, a APAMIA pode ser encontra nas redes sociais.