Foto: G1 Zona da Mata MG
Uma confraternização entre amigos de Bom Jardim e de Arantina teve um desfecho inesperado. O grupo realiza habitualmente um torneio de pesca em Angra dos Reis, porém este ano, a história teve um final trágico.
“Saímos em quatro barcos, por volta das 4h da tarde até o local onde sempre pescamos”, conta Erlei Eros Misael, um dos sobreviventes do naufrágio. “A pesca não estava muito boa e então decidimos mudar de local. Poucos minutos depois o barco tombou totalmente para a esquerda”, relembra. “Pulei na água e procurei nadar para longe do barco, tentando me salvar”, relata.
Uma caixa de isopor salvou a vida de Erlei, que depois de perdê-la conseguiu se agarrar numa tábua, que era o banco do barco. Depois de nadar muito chegou à ilha dos Meros, onde escalou as pedras e gritou pelos outros. Escutou dois colegas, um deles foi resgatado por uma lancha de moradores da Ilha Grande. Ele e mais três sobreviventes tiveram que esperar cerca de 40 minutos até que um dos outros barcos do grupo conseguisse regatá-los da Ilha.
“Fisicamente, algumas escoriações e alguns machucados, mas estou muito ansioso por notícias dos outros que lá ficaram”, ressalta Erlei.
O grupo estava em quatro barcos, traineira, barco normalmente utilizado para a pesca artesanal. A tripulação de cada barco era composta por 11 passageiros e 2 tripulantes. O barco que naufragou tinha apenas moradores de Arantina, entre eles o vice-prefeito, José Geraldo da Silva, que está ainda entre os desaparecidos. Os outros três barcos tinham moradores de Bom Jardim de Minas. Todos já retornaram às suas casas e aguardam ansiosamente por notícias.
O naufrágio aconteceu no sábado, 28, à noite e as buscas ainda estão procurando os 5 desaparecidos.
A Marinha informou que um Inquérito Administrativo sobre Acidentes e Fatos da Navegação (IAFN), cujo prazo de conclusão é de 90 dias, será instaurado para apurar as causas, circunstâncias e responsabilidades pelo ocorrido.