O Festival Cante & Conte completou este ano a sua 30ª edição com um grande espetáculo, realizado entre os dias 25 e 29 de julho. O primeiro Festival Cante & Conte aconteceu em julho de 1981, quando estudantes de Baependi passavam as férias na cidade e ficaram incomodados com a falta de eventos culturais. Eles organizaram então uma série de eventos na Praça Monsenhor Marcos. A partir da ótima repercussão que aquela idéia teve, surgiu, um ano depois, a Associação Cante e Conte, entidade cultural sem fins lucrativos que sempre promoveu e incentivou a formação artística e cultural baependiana, levando para a cidade espetáculos apresentados nos grandes centros culturais do país. Tudo isto sem perder de vista o compromisso em promover as manifestações artístico-culturais locais e regionais.
A abertura do evento aconteceu com uma belíssima noite de seresta, onde se apresentaram músicos de Baependi e das cidades circunvizinhas, contando com a presença de cantores de toda região, além de serem feitas homenagens a Dora Levenhagem, Lúcio Flávio de Oliveira Coelho e Aristides Castro, pessoas que nesses trinta anos colaboram e incentivaram de alguma forma a realização do festival.
O Festival levou aos moradores de Baependi e visitantes cinco dias de atividades variadas, com shows, teatro, dança, brincadeiras, literatura, stand up e poesia, uma festa repleta de cultura e entretenimento para crianças, jovens e adultos.
A peça “Chico Cica em É Daí Pra Pió”, um monólogo onde “causos” são contados por um matuto mineiro, interpretado por Ronildo Prudente, fez com que a plateia se divertisse muito e alguns até se identificassem com o texto e a interpretação do ator. O festival também contou com a estreia do espetáculo do Projeto Cine Horto Pé na Rua, com a peça “O Santo e a Porca”, escrito pelo autor brasileiro Ariano Suassuna, uma comédia dividida em três atos que se aproxima da literatura de cordel e dos folguedos populares do Nordeste.
A Mostra de Música realizada no Festival é uma das únicas atividades que perduram nesses trinta anos, onde os interessados fazem inscrições para apresentar os seus talentos variados, e onde foi feita uma homenagem ao sr. Flávio de Jesus, que foi uma pessoa que nos primeiros festivais fazia questão de se apresentar, cantando com uma característica própria.
O festival apresentou também o show “Um Retrato”, com Jucilene Buosi, de Poços de Caldas, que revela suas origens e referências musicais em performances vocais que conquistaram todo o público. O show de Elder Costa e Banda, de Pouso Alegre, com o título “Tributo aos 40 anos do Clube da Esquina”, onde o cantor interpretou as músicas do Clube da Esquina e algumas de sua autoria, emocionou todos os apreciadores da boa música. E ainda teve um show de reggae com a banda paulista Filhos da Terra, onde os músicos fizeram uma linda homenagem ao músico baependiano Clóvis Maciel, mais conhecido como Gordo.
As crianças se divertiram no projeto Pinta o Sete, onde é oferecido às crianças de várias idades tintas e uma grande tela de TNT, onde elas têm a oportunidade de soltar sua imaginação, criando suas pinturas.
O Festival Cante e Conte também contou com as apresentações de ballet de duas escolas de Baependi, do grupo Dança Jovem de BH, e no último dia foi feita uma feijoada na Praça Monsenhor Marcos, em benefício da Associação Cante & Conte, onde houve uma apresentação de alguns músicos da Portela-RJ.
O principal espaço da programação do Cante e Conte foi a Praça Monsenhor Marcos, onde a Associação Cante & Conte ofereceu a algumas entidades que não têm fins lucrativos a oportunidade de comercializar produtos para a arrecadação de fundos.
Peça “O Santo e a Porca”, apresentada pelo Grupo Galpão Cine Horto, de Belo Horizonte |
As crianças se divertiram com o projeto “Pinta o Sete” |
Performance de Pop Mix com Mathias Ematne |