Foto: http://raizesdecarvalhos.blogspot.com.br/
Em 1710 e 1711 forças francesas comandadas por Duclere e Duguay-trouin, respectivamente, invadiram o Rio de Janeiro, com a finalidade de apoderar-se do ouro vindo de Minas Gerais. Expulsas de lá, alguns elementos voltaram para a Europa e outros embrenhara-se pelos sertões, atravessando a Serra da Mantiqueira, atingindo o Vale do Alto Rio Grande. Um núcleo desses estrangeiros estabeleceu-se em um dos seus ribeirões para extrair ouro, este recebeu o nome de “Ribeirão do Francês” e ali os franceses instalaram uma roda d´agua apropriada para extração do ouro, onde se radicaram. Por isso o núcleo recebeu o nome de Franceses da Roda.
Em 03 de fevereiro de 1744 o Governador da Capitania do Rio de Janeiro e das Minas Gerais, D. José Antônio Gomes Freire de Andrade, Conde da Bobadela, concedeu uma carta de Sesmaria ao Capitão da Cavalaria Antônio Corrêa de Lacerda, que morava no sertão da Freguesia da Jaroaca (atual Aiuruoca) na Comarca do Rio das Mortes (atual São João Del Rei).
Sabe-se que foram feitas roças nas paragens denominadas “Três Irmãos” (atual bairro de Carvalhos). Havia escravos nas terras e que o referido Capitão construiu ali uma casa de moradia, ainda hoje existente.
Também, neste final de século XVIII, uma senhora de nome Maria Joaquina Mendes de Carvalho era dona de uma fazenda. Esta senhora, católica praticante, doa um canto de sua fazenda ao “Patrimônio de Nossa Senhora da Conceição Aparecida” com a condição de neles se construir uma capela.
Doada a gleba, faltava a mão do artífice para edificar o templo. Esta dependência vai perdurar até a metade do século XIX, quando se estabelece nas proximidades da futura capela, ou seja, nas terras do “Patrimônio”, uma família humilde vinda de Pouso Alto. Era a família Carvalho que chegava.
Após algum tempo começa o movimento para elevar Carvalhos a Distrito. Criá-lo era difícil. Aí aparece o jeitinho brasileiro: simplesmente transfere-se o Distrito da Guapiara para junto à estação ferroviária, que era exatamente no lugar onde existia a Capela de Nossa Senhora Aparecida nos Carvalhos.
Após mais algum tempo, estava em discussão na Assembléia Legislativa a emacipação de 74 distritos, entre eles o de Carvalhos. Era uma reunião noturna, dia 22 de novembro de 1948, artigo número 3, projeto 725. Assim foi aprovada a elevação de Carvalhos a município, após uma questão de ordem do Deputado Guilhermino de Oliveira com colaboração de Geraldo Starling Soares e Waldir Lisboa.
A íntegra sobre a apaixonante história de Carvalhos é encontrada no livro “Raízes de Carvalhos”, de Manoel Lourenço Motta Amaral.
Fonte: http://raizesdecarvalhos.blogspot.com.br/
Formação Administrativa
Distrito criado com a denominação de Guapiara, pela lei estadual nº 2, de 14-09-1891, subordinado ao município de Aiuruoca. Pela lei estadual nº 556, de 30-08-1911, o distrito de Guapiara tomou o nome de Carvalhos. Em divisão administrativa referente ao ano de 1911, o distrito de Carvalhos (ex-Guapiara), figura no município de Aiuruoca.
Assim permanecendo em divisões territoriais datada de 31-XXI-1936 e 31-XII-1937. Elevado à categoria de município com a denominação de Carvalhos, pela lei estadual nº 336, de 27-12-1948, desmembrado de Aiuruoca. Sede no antigo distrito de Carvalhos. Constituído do distrito sede. Instalado em 01-01-1949. Em divisão territorial datada de 1-VII-1960, o município é constituído do distrito sede. Assim permanecendo em divisão territorial datada de 1991.
Pela lei estadual nº 837, de 09-08-1993, é criado o distrito de Franceses anexado ao município de Carvalhos. Em divisão territorial datada de 1995, o município é constituído de 2 distritos: Carvalhos e Franceses. Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2007.
Alteração toponímica distrital Guapiara para Carvalhos, alterado pela lei estadual nº 556, de 30-08-1911.
Fonte: Enciclopédia dos Municípios Brasileiros – Volume XXIV ano 1958.
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