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Caxambu - Notícias
25/06/2015 12h39

Rodada Águas da Mantiqueira gera R$ 3,7 milhões em expectativas de negócios

Evento teve a participação de 92 grandes empresas compradoras e 33 ofertantes da cadeia produtiva do turismo da região, superando as expectativas dos organizadores.

O 1o Encontro de Rodada de Negócios do Águas da Mantiqueira de Minas aconteceu no dia 28 de maio, em Caxambu, e reuniu ao todo 125 empresas de sete cidades da região: Baependi, Cambuquira, Caxambu, Lambari, Carmo de Minas, São Lourenço e Soledade de Minas.

Durante o 1º Encontro de Negócios micro e pequenas empresas tiveram a oportunidade de apresentar seus produtos e serviços à hotéis, pousadas, bares e restaurantes da região.

“A Rodada é um encontro que facilita o acesso das pequenas empresas a compradores para a realização de negócios. É uma oportunidade para identificar parcerias comerciais e tecnológicas, aumentar as vendas, ampliar a carteira de fornecedores e trocar experiências”, explica Mônica Alencar, analista do Sebrae Minas.

O evento gerou R$ 3,7 milhões em expectativas de negócios, através desse contato entre empresas ofertantes e compradoras. “Esse é um numero muito significativo para negócios da região”, sublinha a analista.

As principais demandas foram por café, roupa de cama, software, louça pintada, produtos alimentícios, móveis e colchão, laticínios, aço inox, doces, produtos de limpeza e bebidas.

“Durante o evento, os empresários negociaram diretamente com empresas compradoras de produtos e serviços da região e ainda puderam buscar informações sobre o mercado atual”, ressalta Ticiana Lopes, gestora do Sebrae na microrregião de São Lourenço.

Além da Rodada de Negócios, o 1º Encontro de Negócios Águas da Mantiqueira de Minas reuniu 186 empreendedores na palestra com o consultor Murilo Gun, sobre criatividade e inovação para solução de problemas.

Após a palestra foi ainda promovido um painel de debates com a participação de empreendedores, acadêmicos e representantes do poder público, no qual traçaram os desafios e as tendências do mercado econômico e do turismo.

“Superou as nossas expectativas, nós tivemos números além daqueles que nos programamos, tivemos uma Rodada muito dinâmica, auditório lotado para as palestras e no almoço com mais presenças do que aquelas que foram confirmadas”, conclui Mônica Alencar.

O encontro foi promovido pelo Sebrae Minas em parceria com a Rede de Negócios Águas da Mantiqueira.

 

Depoimentos

“Foi além das minhas expectativas. Pude ampliar o network da minha empresa. Estou 100% satisfeito com o  que eu vi e vivenciei aqui hoje. Eu espero poder fazer isso mais vezes, em outras oportunidades”, comenta João Paulo, diretor da Empresa Granipiso, que participou da Rodada de Negócios pela primeira vez.

“Esse evento facilitou muito o contato de pessoas que nem sabiam que a gente existia e nós não sabíamos da existência de muitos âncoras. Foi muito bom, está começando a acontecer os negócios na nossa região. Foram mais de 12 empresas que eu consegui contatar”, ressalta Ramona Vieira da Associação Permacultural Montanhas da Mantiqueira.

 

Entrevistas exclusivas

Juliano Cornélio, gerente regional Sul do Sebrae Minas

“A Rodada vem exatamente celebrar mais uma ação em prol do desenvolvimento do turismo da região”

Correio do Papagaio – Conte-nos um pouco sobre como foi a Rodada de Negócios.

Juliano Cornélio – Primeiro o Encontro com as lideranças da região que nós tivemos pela manhã, em que pudemos perceber que há uma convergência de idéias e ideais, no sentido de promover realmente o desenvolvimento dessa região. Principalmente dos seis municípios que compõem o Águas da Mantiqueira de Minas.

Por outro lado, nós estamos acompanhando aqui que há uma convergência também da união dos setores. Quando falo de setores são os conventions, associações, prefeituras, associações comerciais, enfim as entidades envolvidas em prol do desenvolvimento e entenderam que é necessário ter esse reposicionamento.

Esta Rodada, proposta como uma ação dentro do projeto do Águas da Mantiqueira de Minas, vem mais uma vez mostrar para os empresários, tanto para os compradores, quanto os vendedores, os âncoras e os ofertantes, que existe um grande potencial aqui, um grande potencial de compras.

A Rodada vem exatamente celebrar mais um movimento, mais uma ação em prol do desenvolvimento do turismo da região. É importante que a gente crie realmente um ambiente favorável  para o negócio e a Rodada é uma forma de promover essa relação entre empresa.

CP – Fale um pouco das outras ações do Sebrae na nossa microrregião. O que está vindo por aí para beneficiar a nossa região nos outros setores?

JC – O Sebrae vem desenvolvendo várias ações, desde ações pontuais, que nós chamamos de atendimento individualizado das empresas, como ações em cidades maiores, dentro da microrregião. Fizemos Programas de Qualidade Total, Sebraetec, Rodadas de Negócios de Artesanato, Feiras de Artesanato, Programa Sebrae de Artesanato, atendimentos a centenas de empresas durante esse processo.

Estamos visitando as cidades, visitando as micro empresas, os empreendedores individuais, fazendo uma pesquisa, um diagnóstico, entregando para eles um caderno de ferramenta de orientação de gestão, isso tudo gratuitamente.

O Sebrae vem como um catalisador desse processo. Em alguns momentos ele pode até parecer o protagonista, mas ele não é. Ele é um catalisador. Os protagonistas são as pessoas que estão aqui, são as lideranças que estão aqui, são os hotéis, os empresários, os artesãos, os empreendedores, a comunidade que está inserida aqui. O Sebrae é apenas o meio.

O Sebrae vem com esse espírito mesmo de orientar os empresários, orientar o modelo de negócios. Fazer com que eles olhem realmente o que o mercado quer, o que o mercado está querendo e não simplesmente empreender por necessidade e sim empreender por oportunidade.

Então esses são os trabalhos que o Sebrae tem feito  e eu tenho muito orgulho de fazer parte dessa equipe do Sebrae, liderando o sul de Minas.

 

“Superou as nossas expectativas e esse é o primeiro Encontro de Negócios da região, de muitos que virão”

Ticiana Lopes, gestora do Sebrae na microrregião São Lourenço

Correio do Papagaio – De onde surgiu a ideia de criar este encontro de negócios?

Ticiana Lopes - Nós percebemos que apesar de uma cidade muito próxima da outra, as pessoas não se relacionam, não conversam e às vezes compram um produto de São Paulo ou do Rio sendo que existe os mesmos produtos aqui na região.

E também percebemos lideranças em municípios isolados com um esforço muito grande para obter resultados e a outra cidade vizinha fazendo a mesma coisa, com o mesmo esforço e ambas não conseguindo os resultados. Então a gente pensou: por quê não unirmos forças, onde esse esforço vai ser menor e o resultado vai ser muito maior?

A nossa idéia era de um evento bem menor do que aquele que foi ontem. Mas a demanda foi grande. Abrimos espaços para expositores de fora da região que pediram para participar. Criamos também o seminário, porque as inscrições da Rodada eram limitadas e sabíamos que teriam mais interessados.

 E foi isso que aconteceu ontem: um encontro de negócios maior do que o esperado. Com um estímulo de relacionamento, de proporcionar um ambiente, uma tarde/noite, onde as pessoas pudessem se encontrar, conversar, falar dos seus projetos, fidelizarem parcerias e fazerem negócios.

Então para nós, enquanto Sebrae, o resultado foi maior do que o esperado. Ontem, nós escutamos muitos empresários que disseram: “obrigado”. A gente não imaginava o que ia acontecer aqui mas superou as nossas expectativas e esse é o primeiro Encontro de Negócios da região, de muitos que virão.

CP – Em termos de números o que você pode falar para gente desse evento? Quantas empresas âncoras, quantas ofertantes? Qual a expetativa de negócios gerados?

TL - Inscritos foram 40 empresas âncoras, 90 empresas ofertantes, 10 expositores e no seminário uma média de 250 pessoas.

Tivemos em torno de 150 empresas no evento. No dia algumas âncoras faltaram e também algumas ofertantes. Em termos de expectativas de negócios foram gerados aproximadamente R$ 3,7 milhões.

CP – Você diria que esse evento pode proporcionar uma nova percepção dos empresários em relação ao turismo e aos negócios em geral?

TL - O que eu percebo é que a região não entende turismo como negócio. Ela entende o turismo como “o turista”. E na verdade é muito mais do que isso: é fortalecer toda essa cadeia e mudar esse conceito de turismo aqui na região, mostrar que turismo é negócio, uma coisa que não é vista, é o que vai transformar.

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