Bombeiros voluntários fazem resgate de acidente/Fotos: Bombeiros Voluntários
Tudo começou com um acidente automobilístico sofrido pelo técnico de telecomunicações, Cléber Oliveira Santos. Ele prometeu a Nossa Senhora Aparecida que se houvesse recuperação prestaria algum tipo de ajuda ao próximo.
Recuperado, Cléber tentou contribuir de alguma forma com a Fundação Hospitalar de Cristina, sem sucesso. Com a ajuda de um casal de amigos, que atuam na área de enfermagem, e muito debate sobre o assunto, criaram a Associação Humanitária Bombeiros Voluntários de Cristina – Minas Gerais.
A Associação não tem fins lucrativos. Funciona em uma sala cedida pela Prefeitura de Cristina e todo material de consumo e equipamentos utilizados são doados pela população e alguns por órgãos públicos. Os Bombeiros Voluntários atendem à ocorrência de incêndio, Atendimento Pré-Hospitalar (APH), picadas de cobras, resgates em geral, entre outros serviços prestados pelos Bombeiros Militares.
“Pensamos em criar esse grupo por julgar a cidade de Cristina cheia de risco para a população, uma vez que ela é cortada por dois rios. Por estar entre as cidades de São Lourenço e Itajubá, Cristina não tem Samu e Bombeiros”, disse Cléber Oliveira Santos, presidente e coordenador geral da Associação Humanitária Bombeiros Voluntários de Cristina – Minas Gerais .
A equipe dos Bombeiros Voluntários de Cristina é formada, atualmente, por 10 integrantes. Dois estão afastados em recuperação de problemas de saúde. Todos têm treinamento em APH, Bombeiro Civil e Defesa Civil.
“Nesses quatro anos de funcionamento atendemos a 2.123 pessoas, incluindo a enchente deste ano. Todos os integrantes do grupo são treinados por escolas preparatórias nas áreas que atuamos. Foram quase mil horas de cursos para cada integrante”, explicou o presidente e coordenador geral dos Bombeiros Voluntários de Cristina.
Os equipamentos da associação são compostos por duas pranchas de imobilização de madeira, botas de combate a incêndio, bolsa de regaste contendo materiais de primeiros socorros, caixa de recolher serpentes e dois extintores grandes para combater incêndios.
“As doações que recebemos são de materiais e equipamentos. Não recebemos dinheiro. Caso alguém queira doar, passamos as especificações do material ou equipamento que precisamos, a pessoa compra e doa. As pranchas de imobilização que temos não são as ideais por serem de madeira. Um resgate feito na água com este tipo de prancha é mais pesado. Se tivéssemos a prancha de imobilização de polietileno, o resgate seria mais fácil”, disse Cléber Oliveira Santos.
Atendimentos e protocolos
Os atendimentos seguem protocolos de atuação e são auxiliados pelo Serviço de Atendimento Móvel às Urgências (Samu 192) e Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais (CBMMG). Nas ocorrências que envolvem fogo, é eliminado todo risco de explosão e incêndio em qualquer sinistro. Em caso de óbito, o local é isolado até a chegada das Polícias Civil ou Militar. Nos atendimentos à saúde, se não houver tempo para chegada de uma ambulância do Samu ou do CBMMG a pessoa é levada ao hospital pelos próprios Bombeiros Voluntários depois de serem estabilizadas.