Por Caio Junqueira
Filhos netos e sobrinhos do Sr. Armando Gabriel são bons de bola, com m u i t o s c r a q u e s , como Nelson Peixe, Coquinho, Bereta e Mineirinho. Não me consta, entretanto, que o Osni Cafuringa, filho de um competente ex-árbitro, o Celso, tenha sido jogador de futebol. E, mesmo assim, derrubaram-no na área, quebraram sua perna e não foi marcado penalty.
Osni usa indefectível camisa do Fluminense e deve ter sido confundido com Fred, Conga, Rivelino ou mesmo o antigo Cafuringa. Ele simplesmente entrega jornais com notícias esportivas e foi derrubado na área, mas não marcaram penalty.
Seus agressores jogam no Desleixo Futebol Clube. Seus infratores atuam no Clube Sujão, ou, quem sabe, na Associação dos Deseducados Cruzilienses. Pois o Osni foi vítima dos que espalham lixo pela cidade. Aqueles sem consciência de cidadania, que desconhecem horários de recolhimento do lixo da cidade.
Osni teve a infelicidade de ter escorregado na casca da banana que os inconscientes quebram para seus conterrâneos. Osni não foi relapso ou distraído em seu caminhar: sofreu rasteira clamorosa de uma parcela de gente emporcalhada de seus péssimos hábitos.
A cidade tem um bom serviço de limpeza pública, com coleta seletiva, mas tem gente que está longe de compor uma seleção de pessoas com o mínimo de senso coletivo.
Osni Cafuringa foi derrubado na área e não marcaram penalty. Sua camisa tricolor agora só tem a cor vermelha da vergonha. Da vergonha que ele tem dos desavergonhados.
(Esta crônica foi sugerida pelo meu amigo e grande cidadão cruziliense, Carlinhos da Revistaria)