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Cruzília - Notícias
14/08/2014 14h54

XXXIII Festival de Música de Cruzília: mantendo os palcos que se perdem no tempo

Evento artístico tem como finalidade mostrar os talentos da música popular brasileira.

Diferentemente do que acontece há muitos anos no País, onde os palcos para projeção de novos músicos e compositores tornam-se um cenário cada vez mais raro, a cidade de Cruzília mantém uma de suas mais importantes e valiosas tradições.

Nos dias 25 , 26 e 27 de julho foi realizada a trigésima terceira edição de um evento artístico que tem como finalidade mostrar os talentos da música popular brasileira, onde músicos de várias cidades do sul de Minas e de outros estados participam e têm a oportunidade de se unir a um público que a cada ano vem aumentando, o que destaca a cidade como um exemplo de preservação, em especial, da arte musical mineira, em um empreendimento invejável, inclusive para muitos municípios de maior porte e estrutura no sul de Minas, que abandonaram - ou nunca se dedicaram - à organização de tais eventos.

Entre mais de cem músicas inscritas, trinta e cinco foram selecionadas por profissionais da comissão organizadora.

Assim como nos muitos anos anteriores, a música de qualidade tomou conta do lugar. Instrumentistas de várias idades dividiam o mesmo espaço, onde as apresentações dos mais experientes orientavam, como em uma escola, os novos apaixonados pela arte da composição.

A praça Monsenhor João Câncio foi o cenário para que as músicas selecionadas fossem colocadas à apreciação do público e dos jurados, onde a literatura também encontrou lugar com o lançamento do livro Pedaços de Minas e sua gente, da repórter Vanilda Aparecida de Souza, que retrata as lendas e crônicas da região.

O cantor Peninha levou para o palco músicas que marcaram época, e o Trio Zé Virgílio fez com que a plateia esquecesse o frio.

Os troféus, que receberam o nome de José Vicente Maciel Alckmin, foi uma homenagem ao grande músico cruziliense, um mestre do violão e grande intérprete de peças da música instrumental brasileira, gravadas em um disco de vinil - os famosos long plays - que na década de 60, ao lado das gravações de Dilermando Reis, Canhoto da Paraíba, entre vários outros, ocupava as prateleiras dos aficcionados pelos grandes violonistas brasileiros. José Vicente foi o primeiro músico a registrar um trabalho instrumental no estúdio da gravadora Bemol, em Belo Horizonte, recém-inaugurada naquela década.

Uma premiação de R$ 15.500,00 foi distribuída entre os vencedores.

A música Silêncio e Escuridão, interpretada por Zebeto Correia - BH, conquistou o primeiro lugar. O segundo foi para Alcides Neves, de Barueri – SP, com Choro para Santa Efigênia; Raquel Batalha, de Queimados – RJ, ficou com o 3º lugar e o troféu Melhor Intérprete, com Regras do Jogo; Estilhaços, interpretada por Marcos Orfeu, de Cruzília – MG, foi o 4º lugar e também premiada como melhor composição Local; e Edmar Arantes, de Cruzília, foi classificado em 5º lugar, com a música Com os Ventos do Norte, além de receber o prêmio pelo melhor arranjo. A música Milhares, interpretada por Ruth Glória, de Formiga – MG, recebeu destaque pela melhor comunicação com o público.

A realização do Festival foi da Prefeitura de Cruzília, com organização da Secretaria de Cultura, Esporte e Turismo, representada por Silvinho Cunha, e pelos coordenadores de seus departamentos de Cultura, Newton Maciel; de Esporte, Eduardo Arantes; e de Turismo, Gisele Maciel. 


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