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Economia
15/03/2023 14h20

Bolsas da Europa fecham em forte queda, em meio ao caso Credit Suisse

Os mercados acionários europeus fecharam em forte queda, reagindo às turbulências causadas pelo Credit Suisse, após o principal acionista do banco suíço descartar a possibilidade de novos aportes na instituição.

Em Londres, o FTSE 100 caiu 3,83% a 7.344,45 pontos, enquanto o índice DAX, em Frankfurt, fechou em baixa de 3,27%, a 14.735,26 pontos. O CAC 40, em Paris, cedeu 3,58%, a 6.885,71 pontos, e o FTSE MIB, em Milão, fechou em baixa de 4,61%, a 25.565,84 pontos. Já em Madri, o índice Ibex 35 baixou 4,01%, a 8.792,07 pontos. Na Bolsa de Lisboa, o PSI 20 caiu 2,77%, a 5.812,87 pontos. As cotações são preliminares. Em Frankfurt, o Deutsche Bank caiu quase 10%, enquanto o Barclays teve baixa quase 9%, em Londres. Na capital francesa, o Société Générale cedeu mais de 10%.

Depois que o Saudi National Bank (SNB) descartou a possibilidade de oferecer assistência financeira ao Credit Suisse, as ações do banco tombaram e levaram outros grandes nomes do setor. Segundo fontes do The Wall Street Journal, o Banco Central Europeu (BCE) entrou em contato com bancos europeus para questionar quão expostos as instituições estão ao Credit Suisse. Na suíça, a ação do banco desabou 24%.

A movimentação financeira ocorre um dia antes da decisão de juros do Banco Central Europeu (BCE) e, segundo a Capital Economics, poderá ter implicações na decisão de política monetária da instituição. Entretanto, a consultoria britânica avalia que o BC europeu deverá manter o plano de alta de 50 pontos-base (pb) em suas taxas.

O mercado europeu também foi influenciado pelo mau humor das bolsas de Nova York, que amargaram perdas após a publicação do índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês).

A produção industrial da zona do euro avançou 0,7% entre dezembro e janeiro e ficou acima do esperado, mas não foi suficiente para melhorar o ânimo nas bolsas europeias. Hoje, o Instituto Ifo divulgou avaliação na qual prevê recuo de 0,1% na economia da Alemanha em 2023 e expansão de 1,7% em 2024.

Fonte: Estadão Conteúdo
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