23/03/2023 18h40
Coface/Krause: Economias desenvolvidas devem puxar desaceleração do PIB global
A economista da Coface para América Latina, PatrÃcia Krause, confirmou nesta quinta-feira, 23, a revisão da previsão que a empresa fez no final de 2022 de um crescimento de 3,1% da economia global em 2023 para uma atual de 1,9%. A nova projeção consta do Barômetro de Risco PaÃs e Setorial, um estudo mundial produzido pelos economistas da companhia e que o Broadcast, sistema de notÃcias em tempo real do Grupo Estado, antecipou na terça-feira, 21.
"Essa desaceleração deve ser puxada principalmente pelos paÃses desenvolvidos", disse a economista agora há pouco durante a 'Conference Risk 2023', evento anual da Coface, que depois de três anos sendo feito virtualmente por causa da pandemia voltou a ser presencial nesta edição.
Neste contexto em que os paÃses desenvolvidos é que devem puxar a desaceleração do PIB mundial, PatrÃcia destaca a Europa no centro da questão energética, evitando o pior com a benesse de um inverno menos rigoroso do que se esperava inicialmente.
"Foi evitado um pior cenário de racionamento que poderia levar à recessão, mas ainda assim os custos seguiram elevados por causa da importação de gás liquefeito, que tem um preço maior que o do gás que chegava via gasodutos e segue sob atenção", disse a economista.
Nos Estados Unidos, segundo ela, há a expectativa de forte aperto das taxas juros e desaceleração econômica. A Coface prevê alta de 0,8% do PIB americano contra uma expansão de 2,1% em 2022.
"Contrariamente, em poucos mercados, como a China, a gente espera aceleração, mas mesmo assim uma expansão fraca, saindo de 3% no ano passado para 4%. Essa alta, em decorrência da reabertura da economia chinesa deverão ajudar a partir do segundo semestre", disse.
A economista disse ver ainda a Ãndia crescendo em um nÃvel elevado este ano e contribuindo para a taxa de crescimento global.
Pensando em Brasil, a economista da Coface disse que é interessante que a China cresça mais, mas que desta vez o crescimento chinês se dará mais por meio da expansão do setor de serviços, o que não influi muito nos preço das commodities, que são as principais mercadorias brasileiras comercializadas entre os dois paÃses. A previsão da Coface é de um crescimento de 0,7% para o PaÃs em 2023.
Fonte: Estadão Conteúdo