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Economia
17/03/2023 15h10

Fazenda reduz projeção para alta do PIB de 2023, de 2,1% para 1,61%

Na primeira rodada de projeções para os principais indicadores econômicos do País, o novo Ministério da Fazenda reduziu o otimismo para a alta do Produto Interno Bruto (PIB) em 2023. Mesmo assim, a Pasta manteve as expectativas para o desempenho da atividade neste ano em um patamar bem superior ao do mercado. De acordo com a grade de parâmetros divulgada nesta sexta-feira, 17, pela Secretaria de Política Econômica (SPE), a estimativa para a expansão da atividade em 2022 passou de 2,1% para 1,61%. A projeção anterior havia sido feita em novembro, ainda no governo passado.

As estimativas são utilizadas na confecção do Relatório Bimestral de Avaliação de Receitas e Despesas, que será divulgado na próxima quarta-feira.

De acordo com o Boletim Macrofiscal, a redução de 0,49 ponto porcentual deve-se ao arrefecimento na margem dos indicadores econômicos divulgados desde o documento anterior e também aos efeitos defasados mais intensos da política monetária sobre a atividade e mercado de crédito do que o anteriormente projetado. "As perspectivas de liquidez reduzida nos EUA e em outras economias também colaboraram para a revisão da projeção anterior", apontou a SPE.

O ministério também reduziu as projeções de crescimento da economia de 2024, de 2,50% para 2,34%. Já para 2025, o prognóstico aumentou de 2,50% para 2,76%. Para 2026, a estimativa passou de 2,2% para 2,42%. E para 2027, a projeção anunciada nesta sexta é de 2,49%.

A alta de 1,61% prevista para este ano repercute, segundo a SPE, a aceleração no setor agropecuário e o arrefecimento na Indústria e em Serviços. Para o período de 2024 a 2027, a expectativa é de crescimento médio ao ano de 2,5%.

"Essa expansão se baseia nos planos de investimento e nas oportunidades que podem ser exploradas com a transição para uma economia verde e sustentável", salientou a SPE.

A secretaria também credita a expansão às reformas que serão implementadas ainda em 2023, como fiscal e tributária, com potencial de reduzir de forma estrutural a taxa de juros no Brasil.

No último relatório Focus, os analistas de mercado consultados pelo Banco Central estimaram uma alta de apenas 0,89% para o PIB de 2023. Para 2024, a estimativa no Focus é de alta de 1,50%. As estimativas de mercado para os anos de 2025 e 2026 estão em 1,80% e 1,98%, respectivamente.

Fonte: Estadão Conteúdo
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