22/02/2017 16h00
Meirelles: 'Há interesse enorme de estrangeiros em investir no Brasil'
Após participar de evento do banco BTG Pactual, que contou com a presença de cerca de 2 mil pessoas, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou nesta quarta-feira, 22, que, pelo que tem ouvido em conversas com investidores e empresários ao redor do mundo, "há um interesse enorme" por parte dos estrangeiros em participar de investimentos no Brasil. "Estamos cada vez mais facilitando a entrada de investimentos", disse.
Na visão de Meirelles, a aprovação da PEC do teto dos gastos foi "um grande sinal de mudança no Brasil". Os efeitos disso, ele afirmou, podem ser vistos na reação do mercado financeiro e no comportamento dos Ãndices de preços. "Estamos vendo a bolsa subindo, o dólar caindo e a inflação caindo. Estamos na direção certa", ressaltou o ministro.
O ministro comentou que, embora apenas duas empresas tenham dado lance no leilão de uma rodovia em São Paulo, isso não representa um indicativo para as concessões federais. "Quando nós falamos de concessões, evidentemente existem muitos fatores. Em primeiro lugar, fatores nacionais. E um fator muito importante é a atratividade. Cada ativo tem a sua atratividade, não podemos generalizar para todo o PaÃs", afirmou Meirelles.
Ainda sobre concessões, Meirelles garantiu que o marco regulatório está sendo melhorado. "É um trabalho contÃnuo, não está finalizado, vai continuar intensamente", disse.
Desemprego
Meirelles disse a jornalistas que a taxa de desemprego no Brasil está altÃssima e é inaceitável, mas a atividade econômica começa a mostrar alguns sinais de reação.
O ministro lembrou que o impacto no mercado de trabalho ocorre com certa defasagem em relação ao processo de retomada da atividade econômica. Ele citou que, em 2014 a economia começou a mostrar sinais de enfraquecimento e a taxa de desemprego demorou um tempo para subir. "Vamos começar a sentir a melhora do emprego mais à frente", disse Meirelles.
No momento, Meirelles frisou que o que ainda se vê é o impacto de dois anos de forte recessão, com alta da taxa de desemprego e empresas endividadas, mas este quadro começa a se modificar. "Já vemos indicadores importantes que mostram que a atividade econômica está reagindo", completou. "Os efeitos disso não são imediatos."
Fonte: Estadão Conteúdo