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Economia
21/03/2017 18h57

Parente comemora resultado mas pondera que dívida da Petrobras é muito alta

O presidente da Petrobras, Pedro Parente, comemorou a melhora dos resultados da estatal do ponto de vista operacional em coletiva de imprensa para comentar os resultados da companhia em 2016. O executivo fez questão de frisar, entretanto, que a petroleira continua tendo uma dívida líquida muito elevada, próxima de US$ 100 bilhões, e sua redução não deve sair do radar da diretoria executiva.

"São números de resultados operacionais positivos muito relevantes, mas quero contrastar que ainda temos uma dívida muito relevante. O trabalho precisa continuar para reduzirmos a dívida a patamares mais razoáveis", disse Parente na sede da companhia, no Rio.

Parente destacou a mudança de patamar do resultado operacional da companhia de 2015, quando foi negativo, para um lucro de R$ 17 bilhões.

Ele destacou que a Petrobras teve a maior geração operacional de caixa entre as empresas do setor listadas em bolsa. Assim como margem Ebitda de 31%, um número muito positivo comparado à média de 18% das empresas listadas da indústria. Outro resultado destacado pelo presidente foi que a estatal registrou seu sétimo trimestre consecutivo de fluxo de caixa livre positivo.

De acordo com Pedro Parente, as duas métricas de topo da empresa tiveram avanços. A de segurança foi cumprida com uma redução de 24% no total de acidentados registrados, resultado considerado por ele extraordinário.

A outra métrica de topo é o processo de desalavancagem. A Petrobras, destacou o executivo, contou com a contribuição da valorização do real na redução de 6% da dívida bruta em dólares e de 22% em reais. Além disso, houve, "uma expressiva redução" anual de 31% no índice dívida líquida/Ebitda ajustado, que passou de 5,11 para 3,54 vezes no fim de 2016.

O presidente da Petrobras frisou aos jornalistas que a companhia assumiu a posição de exportadora líquida em dezembro, com o crescimento de 12% nas exportações no último trimestre do ano passado. O ponto é fundamental dentro da discussão sobre a adoção da contabilidade de hedge pela empresa, contestada na Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

Fonte: Estadão Conteúdo
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