15/02/2017 14h48
Proibição do TCU de repasses para a Transnordestina é correta, diz ministro
O ministro dos Transportes, Portos e Aviação Civil, MaurÃcio Quintella, classificou como acertada a decisão do Tribunal de Contas da União (TCU) proibindo repasses de dinheiro público para a construção da ferrovia Transnordestina, que liga o municÃpio de Eliseu Martins, no PiauÃ, aos portos de Pecém, no Ceará, e Suape, em Pernambuco.
"Desde o inÃcio do mandato Michel Temer, estamos trabalhando junto à Transnordestina LogÃstica (TLSA) numa proposta de financiamento da ferrovia. Infelizmente, as propostas que vieram nesse perÃodo não atenderam à s expectativas do governo", disse Quintella, em conversa com jornalistas após participação em evento promovido pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) e pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).
Segundo o ministro, é necessário que a empresa realize os investimentos previstos em contrato em conjunto com o governo, o que não estava acontecendo - apenas o poder concedente estava realizando aportes na ferrovia. Quintella ressalta que a TLSA chegou a fazer propostas de financiamento oriundas de fundos públicos, mas que, com exceção do Fundo de Investimento do Nordeste (Finor), esse financiamento não obteve garantia, o que travou as negociações.
"Após a medida do TCU, tivemos uma reunião com a Transnordestina, e ela acenou com a possibilidade de acompanhar o governo nos desembolsos", disse o ministro. "Para 2017, seriam R$ 133 milhões por parte da TLSA e R$ 133 milhões por parte da Valec, e aà sim poderÃamos retomar a obra."
Quintella ressalta, no entanto, que a retomada dos investimentos só ocorrerá após a atualização do preço final da obra, uma vez que, pelo último contrato assinado, está orçada em R$ 7,5 bilhões. "Mas, a expectativa é de pelo menos R$ 11,2 bilhões, e o que passa de R$ 7,5 bilhões é de responsabilidade da TLSA". Segundo o site da companhia, a obra é feita com recursos da CSN, Valec, Finor, BNDES, BNB e Sudene.
Leilões
Questionado sobre as ferrovias previstas para serem leiloadas no âmbito do PPI - Ferrovia de Integração Oeste Leste (Fiol), Ferrovia Norte-Sul e Ferrogrão -, o ministro classificou os projetos como "fundamentais" para o setor portuário. "Estamos correndo para manter o cronograma do PPI, com o leilão acontecendo até o final do segundo semestre deste ano", disse.
Fonte: Estadão Conteúdo