13/03/2017 09h54
Renault deixa 'varejão' para falar de design
Mesmo depois de dois anos seguidos de queda no mercado de veÃculos, que perdeu quase metade das vendas em 2015 e 2016, a Renault está apostando em uma renovação quase completa de sua linha de produtos. Além do utilitário Captur, lançado recentemente, a companhia francesa tem outras novidades previstas para 2017, entre elas o Kwid que chegará para substituir o veÃculo de entrada Clio e o Koleos, que concorrerá com os SUVs de luxo, que hoje custam mais de R$ 100 mil.
Para apresentar as novidades e também investir na criação de uma percepção maior de valor dos produtos da montadora, a companhia está deixando de lado o estilo "varejão" da comunicação mais focada em preço e promoções para priorizar os diferenciais de seus veÃculos. "Nosso objetivo é lançar produtos em segmentos que vão nos ajudar a ganhar mais market share (participação de mercado) e falar sobre o design europeu adaptado ao Brasil", explica o presidente da Renault no Brasil, Fabrice Cambolive.
Apesar de o mercado ter tido retração de mais de 20% em 2017, a montadora afirma que conseguiu ganhar fatia de mercado. Segundo dados da empresa, a participação da Renault atingiu um pico desde a entrada da companhia no mercado brasileiro, com 7,5% das vendas totais de veÃculos leves no ano passado alta de 0,2 ponto porcentual ante 2015. Em 2010, a fatia da empresa não chegava a 5%.
Design. Uma campanha da Renault que estreia hoje tenta "traduzir" essa nova fase da marca. O filme, criado pelo presidente da Neogama, Alexandre Gama, foi produzido no Museu de Arte Contemporânea de Niterói (RJ), e mostra o Captur passeando pelas famosas rampas criadas pelo arquiteto Oscar Niemeyer. Os carros, que antes quase sempre apareciam nas ruas, agora ganham um novo ambiente: interagem com obras de arte e se integram a elas.
Segundo o publicitário, ter uma série de novos produtos ajuda o trabalho de comunicação já que sempre há notÃcias para dar ao consumidor. "Estamos buscando uma linguagem renovada para o novo portfólio de produtos", diz Gama. Segundo ele, no caso da Renault, os investimentos em publicidade têm a intenção de ampliar os domÃnios da marca, apresentando resultados concretos. "Temos muita liberdade para trabalhar, mas somos cobrados pelo market share." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Fonte: Estadão Conteúdo