23/09/2015 10h27
CBDA decide adotar 'índices Fina' para a natação nos Jogos do Rio
A Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA) ainda não oficializou, mas já definiu que irá utilizar, para a OlimpÃada do Rio, os mesmos Ãndices exigidos pela Federação Internacional de Natação (Fina). Isso significa que será mais fácil se classificar para os Jogos de 2016 do que foi para os de 2012.
A decisão, confirmada à Agência Estado pelo diretor-executivo da CBDA, Ricardo Moura, já era esperada pelos atletas. A entidade nacional também já havia adotado os chamados "Ãndices Fina" para definir os classificados para os Mundiais de Barcelona (2013) e Kazan (2015). Nos dois casos, a CBDA explicou que a mudança de postura se devia à "evolução técnica da natação no último ciclo olÃmpico".
Em 2011, a confederação brasileira avaliava que os Ãndices exigidos pela Fina para o Mundial de Xangai (China), naquele ano, eram fracos. Por isso, o Brasil estipulou seus próprios Ãndices. Depois, para os Jogos de Londres, valeu o Ãndice mais rápido entre aquele usado pela CBDA em Xangai e os da Fina para a OlimpÃada.
Por conta disso, para os Jogos de Londres, o Ãndice Fina para os 100m livre masculino, por exemplo, era 48s82. Mas a CBDA só convocaria um atleta que nadasse de 48s74 para baixo.
Ao voltar a adotar os Ãndices da Fina, a CBDA amplia a possibilidade de uma delegação recorde da natação nos Jogos do Rio. Nos 100m livre já citados, o Ãndice é 48s99, por exemplo.
O que muda com relação aos critérios internacionais é que a CBDA, conforme já se sabia, só aceitará os Ãndices feitos em dois eventos: o Torneio Open/Campeonato Brasileiro Sênior, que acontece a partir de 16 de dezembro, em Palhoça (SC), e o Troféu Maria Lenk, em abril, no Parque OlÃmpico da Barra, no Rio, que servirá como evento-teste da natação.
Para a Fina, os atletas que nadaram abaixo do seu Ãndice em campeonatos como os Mundiais adulto e júnior e os Jogos Pan-Americanos já estão classificados para a OlimpÃada. A CBDA, entretanto, só convocará quem atingir o Ãndice nos dois eventos nacionais. Para Londres, eram nove torneios classificatórios aceitos pela CBDA.
Como de praxe nas OlimpÃadas, cada paÃs pode levar dois atletas por prova. Assim, se três ou mais nadadores fizerem Ãndice, estarão no Rio os dois que tiverem os melhores tempos no Open ou no Maria Lenk.
O que também muda é que, por uma alteração no regulamento dos Jogos, os atletas que forem convocados para nadar o revezamento têm obrigatoriamente que cair na piscina na semifinal ou na final. Então se Cesar Cielo, Bruno Fratus, Marcelo Chirighini e Matheus Santana, por exemplo, forem os quatro classificados para os 50m e 100m livre, a tendência é a de que nenhum atleta seja convocado só para o 4x100m livre. Não adiantará ter o terceiro melhor tempo do PaÃs.
Fonte: Estadão Conteúdo