18/04/2017 10h24
Com dívida bilionária e acusado de fraude, dono da Force India é preso em Londres
Dono da equipe Force India, o empresário magnata Vijay Mallya foi preso nesta terça-feira pela polÃcia britânica em Londres após pedido das autoridades indianas, onde ele é acusado de lavagem de dinheiro e de ter dÃvidas bancárias de mais de US$ 1 bilhão em empréstimos para a sua companhia aérea, a Kingfisher Airlines, que já foi fechada.
Mallya foi preso depois de comparecer a uma delegacia nesta terça-feira, explicou em um comunicado a PolÃcia Metropolitana de Londres. Em uma audiência preliminar, lhe foi concedida uma fiança condicional, sendo liberado, com o a avaliação do caso sendo adiada até 17 de maio.
Em Nova Délhi, o governo saudou a prisão de Mallya, dizendo que agora espera a extradição do empresário. "Mallya será trazido de volta à Ãndia. O governo está trabalhando para isso. Ninguém será poupado", disse Santosh Gangwar, o ministro das Finanças.
A Direção de Execução da Ãndia processa o magnata, dono da empresa de bebidas alcoólicas UB Group e de um time de crÃquete no seu paÃs, por uma dÃvida de 94 bilhões de rupias (cerca de US$ 1,45 bilhão), e pediu no ano passado a presença de Mallya durante o processo em Nova Délhi. Na época, disse que o magnata não estava cooperando com os investigadores, e ignorou três convocações para falar sobre o caso.
Com as dÃvidas sendo cobradas por bancos, Mallya deixou a Ãndia em março de 2016, passando a viver na Grã-Bretanha e se recusando a voltar ao paÃs para participar do seu julgamento. A Ãndia, então, cancelou o seu passaporte e pediu a sua extradição para as autoridades britânicas.
O fracasso da Kingfisher Airlines, que o empresário lançou em 2005, provocou o aumento das suas dÃvidas e desencadeou o colapso de vários das suas empresas. O governo indiano em 2012 suspendeu a licença da companhia aérea depois de não ter pago pilotos e engenheiros por meses.
Enquanto Mallya enfrenta problemas com a Justiça, a Force India faz um bom inÃcio de temporada na Fórmula 1. Após três provas, a equipe ocupa o quarto lugar no Mundial de Construtores com 17 pontos.
Fonte: Estadão Conteúdo