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Esportes
29/01/2015 12h20

Em crise econômica, Rússia reduz gastos para a Copa do Mundo de 2018

A grave crise econômica que assola boa parte da Europa também está fazendo estrago na Rússia. As dificuldades são tamanhas que nesta quinta-feira o país admitiu que fará um corte no orçamento para a organização da Copa do Mundo de 2018. A medida faz parte do plano russo de cortar despesas do governo enquanto a recessão continua a crescer, segundo o ministro do Esporte, Vitaly Mutko.

O governo russo vai cortar 10% dos gastos públicos com a Copa do Mundo, depois que o banco central previu no mês passado que a economia local deve sofrer uma queda de 4,5% a 4,7% neste ano. A crise local está sendo agravada pela pressão vinda da queda no preço do petróleo e das sanções internacionais.

Mutko, que também é membro do Comitê Executivo da Fifa, afirmou em entrevista à agência de notícias Tass que os estádios da Copa do Mundo e a infraestrutura para receber o torneio estão isentos dos cortes nos gastos. Contudo, "várias questões organizacionais" e "subsídios ao comitê organizador" serão cortados.

Justamente por conta da crise financeira, a Rússia já anunciou que dois dos 12 estádios que receberão os jogos da Copa tiveram a capacidade diminuída de 45 mil para 35 mil pessoas. O próprio Vitaly Mutko, no entanto, descartou qualquer possibilidade de novas reduções, que seriam fortemente combatidas pela Fifa.

"A Fifa, não fará mais nenhuma concessão a nós e todos os estádios deveriam ter capacidade para 45 mil pessoas. O planejamento para os ingressos já começou, trata-se de economia, do lucro da Fifa. O fato de eles terem reduzido dois dos estádios para 35 mil para nós, de acordo com as projeções, já fez eles perderem US$ 60 milhões", disse o ministro.

Mais da metade dos US$ 9,6 bilhões previstos para os gastos da Rússia na Copa do Mundo virá do governo federal, sendo que boa parte da soma restante será paga por autoridades regionais do país e companhias estatais. Mutko confirmou que integrantes do governo local se reunirão com empreiteiros para tentar convencê-los a diminuir o preço do concreto para projetos relacionados ao Mundial.

A confirmação no corte dos gastos vai de encontro com o que planejava o presidente da Fifa, Joseph Blatter. Mais cedo neste mês, o dirigente disse que recebeu a garantia do presidente russo, Vladimir Putin, de que os problema econômicos do país não influenciariam na organização da Copa do Mundo.

Fonte: Estadão Conteúdo
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