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Esportes
17/11/2014 12h40

Ex-líder da FA propõe boicote europeu à Copa de 2018

O desentendimento entre a Fifa e a Associação de Futebol da Inglaterra (FA) ganhou mais um capítulo nesta segunda-feira. Irritado com as críticas da principal entidade do futebol mundial ao país, o ex-presidente da FA, David Bernstein, sugeriu que todas as seleções europeias se unam e boicotem a Copa do Mundo de 2018, que acontecerá na Rússia.

"Se estivesse na FA agora, eu tentaria fazer tudo que pudesse para encorajar outras nações com a Uefa - e há algumas que definitivamente estariam do nosso lado, outras talvez não - a assumir esta linha. Em um certo estágio, você precisa caminha, parar de falar, e faz algo", declarou Bernstein em entrevista à BBC.

Recentemente, a Fifa isentou Rússia e Catar de corrupção no processo de votação que elegeu os dois países como respectivas sedes das Copas de 2018 e 2022. No mesmo relatório, a entidade criticou a FA e garantiu que os ingleses agiram de forma antiética e foram excessivamente indulgentes com Jack Warner, ex-vice-presidente da Fifa, na tentativa de sediar o Mundial de 2018.

De acordo com o documento, o comitê de candidatura inglês ajudou um conhecido de Warner a obter um emprego na Grã-Bretanha e gastou US$ 55 mil para patrocinar um evento de gala em Trinidad e Tobago, país natal do dirigente, para tentar agradá-lo. Na época, Warner era presidente da Confederação de Futebol da América do Norte, Central e Caribe (Concacaf) e fazia parte do Comitê Executivo da Fifa que elegeu a Rússia e o Catar como sedes dos Mundiais.

Perguntado diretamente se ele estava propondo à FA que se unisse à Uefa para boicotar a Copa, Bernstein não se esquivou. "Soa drástico, mas, honestamente, isso já tem acontecido por anos, não está melhorando, tem ido de mau a pior. Há 54 países com a Uefa. Tem Alemanha, Espanha, Itália, França e Holanda, todos poderosos. Não dá para fazer uma Copa do Mundo séria sem eles. Eles têm poder para influenciar se tiverem vontade."

Bernstein criticou o comando da Fifa, que classificou como "totalitário", e atacou a escolha do Catar como sede do Mundial de 2022. "Foi uma das decisões mais absurdas da historia do esporte. Foi uma decisão tipo Alice no País das Maravilhas", comentou o ex-dirigente. "A credibilidade do futebol está sofrendo enormemente nas mãos da Fifa", completou.

Fonte: Estadão Conteúdo
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