12/08/2015 16h10
Falavigna desiste de tentar Olimpíada e vira técnica da seleção de tae kwon do
Campeã mundial em 2005 e medalhista olÃmpica em Pequim, em 2008, Natália Falavigna agora faz parte da comissão técnica da seleção brasileira de tae kwon do. O anúncio foi feito nesta quarta-feira, pela CBTKD, em movimento de aproximação com os atletas depois da estória de que Anderson Silva poderia disputar a OlimpÃada pelo Brasil.
Afinal, Natália fazia parte de um grupo de atletas veteranos que demonstravam ressalvas contra o presidente da CBTKD, Carlos Fernandes. O dirigente fez questão de assumir como pessoal a decisão de contratar não apenas a campeã mundial, mas também o técnico Carlos Negrão, apontado por muitos como o melhor da história do paÃs e que estava fora da seleção desde 2008.
"Ao voltar do Pan, Carlos Fernandes, prometeu fazer mudanças para a conquista de medalhas nos Jogos OlÃmpicos de 2016. O dirigente começou a cumprir a promessa com as duas contratações. Elas estão entre outras medidas e mais contratações que serão anunciadas pelo dirigente nas próximas semanas", diz o texto publicado no site da CBTKD.
Quando o presidente da CBTKD abriu a possibilidade de contar com Anderson Silva na OlimpÃada para ganhar divulgação para a modalidade, o dirigente foi bastante criticado. Agora, o discurso mudou radicalmente.
"Pretendo que os resultados destes Jogos OlÃmpicos ajudem a divulgar e dar mais visibilidade ao nosso esporte. Espero que um bom resultado aumente o número de praticantes, facilite a captação de recursos e traga desenvolvimento em todos os nÃveis, da iniciação ao alto rendimento", diz Negrão ao site da CBTKD.
Já Natália Falavigna, de 31 anos, chega à comissão técnica sem uma função clara, pelo que explicou a CBTKD. Ela estava fora da seleção desde os Jogos OlÃmpicos de Londres e, alegando lesões, nunca mais conseguiu se colocar entre as melhores do PaÃs. A veterana, de 31 anos, diz que desistiu de ir à OlimpÃada do Rio, mas que ainda não parou.
"Momentaneamente eu não irei para os Jogos OlÃmpicos como atleta. Como havia me lesionado bastante acabei por não avançar no ranking e não ter tanto ritmo. Neste momento minha prioridade será ajudar a estruturar minha modalidade, mas não significa que me aposentei. Ainda estou ativa até porque não quero fazer nada de maneira brusca."
O Brasil tem quatro vagas na OlimpÃada por convite no tae kwon do e só poderá alcançar novas credenciais com atletas que fecharem o ranking olÃmpico entre os seis primeiros de suas respectivas categorias. Só Iris Tang tem condições de cumprir essa meta num momento de crise da modalidade, que só ganhou duas medalhas, ambas de bronze, no Pan.
"Em 2012 não fomos bem e tivemos um retrocesso, então acredito que o nosso primeiro objetivo é retomar a linha evolutiva que foi interrompida entre 2012, e podemos fazer isto. Como já temos 4 vagas asseguradas, pelo regulamento, temos a obrigação de no mÃnimo conseguir duas medalhas de bronze e se tudo correr bem, fazer melhor que isto", aposta Negrão.
Fonte: Estadão Conteúdo