01/09/2022 13h50
Fifa suspende dirigente do Zimbábue por cinco anos por assédio sexual a árbitras
O Comitê de Ética independente da Fifa anunciou nesta quinta-feira que Obert Zhoya, ex-secretário-geral da Comissão de Ãrbitros da Federação de Futebol do Zimbábue (ZIFA), está suspenso de suas atividades do futebol por cometer assédio sexual contra três árbitras do paÃs. Além da suspensão, o ex-dirigente também terá de pagar uma multa de 20 mil francos suÃços (aproximadamente R$ 105,7 mil).
"Após uma análise cuidadosa das declarações escritas das vÃtimas e das diversas provas coletadas durante a investigação conduzida pelo órgão investigador, confirmamos que o senhor Zhoya violou o artigo 23 (Proteção da integridade fÃsica e mental), art. 25 (Abuso de poder) e, consequentemente, o art. 13 (Obrigações gerais) do Código de Ética", anunciou a FIFA nesta quinta-feira. O dirigente afastado de suas funções já recebeu a notificação da punição.
"A Fifa tem um compromisso inequÃvoco contra todo tipo de abuso no futebol, e o Comitê de Ética trata todos os casos levando em consideração as particularidades de cada um. A Fifa também fornece um sistema de denúncias confidencial, dedicado, altamente seguro e baseado na web para que os indivÃduos possam relatar quaisquer preocupações de proteção."
O caso já vinha sendo avaliado faz um tempo e a Fifa e a Federação do Zimbábue haviam recebido duras crÃticas no começo do ano por terem se omitido à s acusações na época. O silêncio das entidades acabou questionado e agora, nove meses após as denúncias virem a público, surge a punição para Obert Zhoya.
Após as acusações, o dirigente renunciou alegando "abrir caminho para que outros preencham o cargo." Zhoya estava sob enorme pressão no Zimbábue com a divulgação ampla do caso de assédio e optou por abandonar o comando da ZIBA.
Entre as acusações, uma vÃtima revela ter recebido mensagens de WhatsApp com pedido do dirigente para que a árbitra passasse a noite com ele em um hotel. "Me senti humilhada, intimada e degradada", denunciou a árbitra em carta enviada à ZIFA. "Esses avanços sexuais indesejados ocorriam desde setembro de 2019."
Fonte: Estadão Conteúdo