24/01/2023 21h10
Jornal diz que polícia preparou 'armadilha' para prender o lateral Daniel Alves
Para atrair Daniel Alves de volta a Barcelona e conseguir efetuar sua prisão, a polÃcia catalã (Mossos dEsquadra) planejou uma "armadilha". O jornal espanhol El Correo aponta que, a partir da oitiva de testemunhas e da vÃtima, além da coleta de provas, como as gravações das câmeras de segurança, foi possÃvel traçar uma estratégia para que jogador voltasse à Espanha e fosse detido. O plano contou com vazamento proposital de informações e oferta de reunião informal, que se mostrou fictÃcia e serviu para conduzir o jogador para atrás das grades.
Logo na primeira semana do ano, dias após o ocorrido (30 de dezembro), os investigadores da agressão sexual cometida por Daniel Alves viram a denúncia se tornar mais robusta. As testemunhas e a vÃtima não prestaram depoimentos conflitantes. A descrição da tatuagem na parte Ãntima de Daniel Alves também corroborou com a averiguação da veracidade da denúncia.
A prima da vÃtima ratificou a informação de que Daniel Alves tentou algumas vezes tocá-las nas partes Ãntimas. Um dos funcionários afirmou que o lateral-direito brasileiro insistiu para que a vÃtima e suas amigas fossem a seu encontro na área vip da casa noturna Sutton, em Barcelona.
PRIMEIRO PASSO
A primeira estratégia dos Mossos dEsquadra foi vazar informações. A principal seria apenas confirmar que havia realmente uma denúncia por agressão sexual contra Daniel Alves. Sem que a polÃcia catalã precisasse colocar o plano em execução plena, a falsa informação de que o jogador esteve no banheiro com a vÃtima por 47 segundos acabou auxiliando o esquema.
Foi em meio a essas notÃcias que Daniel Alves gravou um vÃdeo para o programa Y Ahora Sonsoles, da Antena 3, negando as acusações e dizendo que desconhecia a mulher de 23 anos que o denunciara. Nesse instante, os Mossos dEsquadra observaram uma boa oportunidade para deter o jogador. O entrave era o atleta não estar em território espanhol.
PLANO EM PRÃTICA
Daniel Alves, como jogador do Pumas, estava no México. Se voltasse ao Brasil, sem acordos de extradição com a Espanha, a prisão se tornaria impossÃvel. A morte da sogra de Daniel Alves, MarÃa del Carmen Sanz, serviu de pretexto para atrair o brasileiro de volta à Espanha. A polÃcia entrou em contato com a defesa de Daniel Alves e propôs uma reunião informal, cuja finalidade era esclarecer o que aconteceu em 30 de janeiro.
Assim que aterrissou na Espanha, Daniel Alves teve todos os seus passos seguidos de perto. Quando chegou para depor, ao lado da sua advogada, já ouviu a ordem de prisão e foi detido, com a intenção de que a promotoria e a juÃza do caso atestassem as contradições do jogador.
Fonte: Estadão Conteúdo