06/11/2017 16h30
Julgamento de José Maria Marin nos EUA começa com processo de escolha de jurados
Começou na manhã desta segunda-feira o processo de escolha dos jurados que decidirão se o ex-presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), José Maria Marin, deve ou não ser condenado por acusações de vários crimes, como o de receber suborno em contratos de marketing da Copa do Brasil e de aceitar recursos ilegais de negociações de direitos de televisão de torneios da Copa América. "Esta semana será dedicada para a escolha de jurados. Temos insistido que nosso cliente não é culpado", comentou Júlio Barbosa, um dos advogados de Marin. O ex-presidente da CBF está em prisão domiciliar em Nova York há dois anos, onde espera seu julgamento.
Marin chegou por volta das 9 horas (horário local) na Corte do Distrito Leste de Nova York acompanhado de advogados. Ele mostrava-se tranquilo, acenou para os jornalistas e não deu declarações. Às 10h10, a juÃza que vai presidir o julgamento, Pamela Chen, iniciou a sessão na qual apresentou os procedimentos que serão adotados nesta semana para a escolha de 12 jurados e cerca de seis suplentes, entre um grupo potencial de 240 candidatos.
A juÃza determinou que os trabalhos fossem retomados nesta quarta-feira à s 10 horas, que contará com a presença de Marin e de outros dois acusados: Manuel Burga, ex-presidente da Federação Peruana de Futebol, e Juan Angel Napout, ex-vice presidente da Fifa. O mais provável é que tal processo de seleção será encerrado na quinta. O julgamento está previsto para começar na próxima segunda-feira e pode durar seis semanas ou pouco mais, apontou Júlio Barbosa.
Ao sair do tribunal, Marin foi rodeado por uma faixa empunhada por Moisés Campos de Lima, ex-funcionário da CBF, e Valmir Alves Diniz, tenente da PM do Rio de Janeiro, que dizia em letras vermelhas em inglês: "EUA, Ajude-nos para prender os brasileiros corruptos da nossa administração do futebol. Cadeia neles". Enquanto José Maria Marin se dirigia para o carro, Moisés gritava que deveriam ser presos ele, Ricardo Teixeira, ex-presidente da CBF e Marco Polo Del Nero, atual presidente da Confederação Brasileira de Futebol.
"Viemos para cá do Rio de Janeiro à s nossas custas para protestar contra Marin", comentou Moisés. "Esperamos que ele seja punido severamente. Entregamos à juÃza Pamela Chen um dossiê com informações do Ministério Público Federal na qual são apontados os mal feitos do senhor Marin", destacou. Moisés espera embarcar de volta para o Brasil nesta quinta-feira.
Fonte: Estadão Conteúdo