12/04/2023 15h40
MP vê motivo político em assassinato de torcedor do Flu após 1º jogo das finais do Carioca
O Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) apontou suposto motivo polÃtico no assassinato, em 1º de abril, de Thiago Leonel Fernandes da Motta, morto a tiros pelo agente penal Marcelo de Lima após o primeiro Fla-Flu que decidiu o Campeonato Carioca.
Na denúncia por homicÃdio triplamente qualificado encaminhada à Justiça pela promotoria, o órgão afirma que Lima teria dito que "petista é igual flamenguista, tudo burro e ladrão". O ataque verbal teria provocado revolta das vÃtimas - Bruno Tonini Moura também foi baleado - e gerado uma discussão.
A partir daÃ, diz o MP-RJ, "o denunciado, com vontade livre e consciente de matar, efetuou disparos de arma de fogo contra as vÃtimas, causando a morte de Thiago e só não matando a outra pessoa por circunstâncias alheias à sua vontade, uma vez que Bruno recebeu pronto e eficaz atendimento médico".
A briga se desenrolou em frente à pizzaria "Os Renatos", considerada um reduto de torcedores do Fluminense, no entorno do Maracanã. Inicialmente, testemunhas disseram que a confusão teria começado por causa de uma pizza, versão contestada por uma das donas do estabelecimento e, também, não confirmada pelas investigações da PolÃcia Civil.
"MOTIVO TORPE"
Segundo a denúncia apresentada na terça-feira à 4ª Vara Criminal da Capital, "os crimes foram praticados por motivo torpe, em razão do inconformismo de Marcelo com as posições polÃticas expressadas pelas vÃtimas após suas declarações". O MP-RJ argumenta ainda que o ataque aconteceu com emprego de meio que resultou em perigo comum, "uma vez que o denunciado atirou em via pública, com grande número de pessoas circulando e confraternizando em bares locais". Ao todo, dez tiros foram disparados.
Além disso, diz o MP-RJ, "os crimes foram praticados mediante recurso que dificultou a defesa das vÃtimas, pegas desprevenidas pela ação inesperada do denunciado".
O Estadão segue tentando localizar a defesa de Marcelo de Lima para que se manifeste sobre a denúncia.
Fonte: Estadão Conteúdo