07/06/2016 13h12
Operação da PF investiga suposto desvio de R$ 85 milhões em obra olímpica
A PolÃcia Federal cumpre nesta terça-feira oito mandados de busca e apreensão na sede do consórcio encarregado das obras da Ãrea Norte do Complexo Esportivo de Deodoro, na zona oeste do Rio de Janeiro, segunda principal área de competições dos Jogos OlÃmpicos deste ano.
Segundo nota da PolÃcia Federal, investigações apontam fraudes no transporte de entulho da obra, com falsificação de documentos e superfaturamento. Também foram detectados indÃcios de falsificação nos registros dos volumes de resÃduos das obras de construção civil, que são transportados do local das obras e, depois, depositados em um bota-fora no municÃpio de Duque de Caxias (RJ).
As despesas referentes à tarifa de disposição de resÃduos da construção civil no local licenciado também não foram pagas. Os mandados são cumpridos também em duas empresas prestadoras de serviço para o consórcio Complexo Deodoro, formado pelas empresas Queiroz Galvão e OAS.
Em nota, o Ministério da Transparência, Fiscalização e Controle (MTFC) - antiga Controladoria-Geral da União (CGU) - informou que "a operação objetiva desarticular uma ação criminosa que resulta em desvio de recursos públicos nas obras". Em razão das irregularidades detectadas nas obras do complexo, a 3ª Vara Criminal Federal determinou, em março deste ano, bloqueio de R$ 128,5 milhões que seriam destinados ao pagamento do Consórcio Complexo Deodoro.
"A simulação de despesa de transporte de resÃduos das obras, com a falsificação de documentos públicos e a oneração de custos incidentes sobre as obras olÃmpicas, representa um prejuÃzo potencial de R$ 85 milhões aos cofres públicos", afirmou o MTFC.
Além da PF e do ministério, participam da Operação Bota-Fora a Receita Federal e o Ministério Público Federal.
Fonte: Estadão Conteúdo