19/02/2016 15h03
Presidente do COB, Nuzman é favorito a assumir a Odepa após Rio-2016
Em quinto mandato à frente do Comitê OlÃmpico do Brasil (COB) e também presidente do Comitê Organizador dos Jogos OlÃmpicos e ParalÃmpicos do Rio-2016, Carlos Arthur Nuzman quer alçar voos mais altos após a OlimpÃada. O brasileiro é considerado o principal favorito nas eleições da Organização Desportiva Pan-Americana, a Odepa, responsável pela organização dos Jogos Pan-Americanos.
Por 40 anos, de 1975 até fevereiro do ano passado, a entidade teve o mexicano Mario Vázquez Raña como uma espécie de presidente vitalÃcio, que só deixou o cargo ao morrer. Julio César Maglione, uruguaio de 80 anos que preside também a Federação Internacional de Natação (Fina) assumiu interinamente, mas não tem interesse em permanecer.
Por isso, está aberta a corrida pela sucessão, pensando na organização dos Jogos Pan-Americanos de 2019, que serão em Lima, no Peru. Entre 4 e 5 de maio, logo após a saÃda da tocha olÃmpica de BrasÃlia, a ODEPA se reúne na capital brasileira para discutir um novo estatuto.
A eleição da Odepa ainda não está marcada, mas deve ocorrer em agosto ou setembro. A principal dúvida é se antes ou depois dos Jogos OlÃmpicos do Rio. Caso a opção seja esperar a OlimpÃada, uma organização bem sucedida ajudaria Nuzman, atual segundo vice-presidente, a chegar ao poder.
Procurado pela reportagem, Nuzman não quis comentar o assunto. Até agora, ele não se colocou oficialmente como candidato, ainda que seja apontado pelos seus pares como favorito à vitória.
"Carlos (Nuzman) é realmente um bom lÃder. Ele nos ajudou muito quando tivemos problemas para organizar os Jogos Sul-Americanos em Santiago após um terremoto em 2010. Ele ajudou todos os paÃses sul-americanos. Mas eu acho que isso foi há muito tempo e é hora de mudarmos para uma nova geração de lÃderes da Odepa", disse, ao site Inside The Games, o presidente do Comitê OlÃmpico Chileno, Neven Ilic, candidato à presidência da ODEPA, falando sobre seu provável adversário.
A entidade tem 41 membros, dos quais 14 sul-americanos, uma vez que Panamá, Guiana, Panamá e Suriname, são membros da Organização Desportiva Sul-Americana (Odesur), ainda que não deixem de fazer parte da entidade equivalente da América Central e Caribe (Odecabe). Em maioria, os caribenhos devem ser fundamentais na eleição.
Presidente da Odecabe por quase duas décadas (de 1986 a 2004), o dominicano José JoaquÃn Puell também já é candidato à sucessão da Odepa, assim como Keith Joseph, de São Vicente e Granadinas, terceiro vice-presidente da entidade pan-americana, um posto abaixo de Nuzman.
Atleta olÃmpico de vôlei em Tóquio-1964, Nuzman comandou a Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) por 22 anos. Em 1995, chegou à presidência do COB, sendo reeleito, em 2012, sem adversários, para seu quinto mandato, que vence no último trimestre do ano que vem. Em meio à organização dos Jogos do Rio, pouco se fala ainda sobre sua sucessão ou sobre a possibilidade de mais uma reeleição, autorizada por estatuto.
Fonte: Estadão Conteúdo