24/01/2016 18h45
Presidente do COI defende Jogos do Rio: 'Forneceremos milhares de moradias'
O presidente do Comitê OlÃmpico Internacional (COI), Thomas Bach, disse que a realização dos Jogos OlÃmpicos do Rio de Janeiro neste ano será responsável mais por soluções do que por problemas para a população brasileira. Segundo ele, ao final da OlimpÃada a população terá à sua disposição milhares de moradias.
"Vemos que os responsáveis, bem como a população no Brasil, já perceberam que os Jogos OlÃmpicos são de parte da solução - não fazem parte do problema", comentou Bach em entrevista à revista alemã Kicker.
O dirigente ainda comparou a realização dos Jogos à da Copa do Mundo. "No futebol, falamos de estádios e talvez até aeroportos. Já com os Jogos, nós vamos fornecer moradias para milhares de pessoas", disse, se referindo aos prédios construÃdos na Vila OlÃmpica.
Bach aproveitou para comentar sobre a situação polÃtica e econômica do Brasil. Para ele, o paÃs se encontra em uma "crise profunda", mas as obras estão quase todas concluÃdas e a OlimpÃada tem tudo para ser "incrÃvel".
De acordo com ele, os Jogos OlÃmpicos serão uma grande oportunidade para repensar as questões de imigração e diminuir a xenofobia no mundo. "A OlimpÃada é o único evento que traz sob o mesmo teto o mundo todo sem discriminação. O esporte é a única área da vida humana onde os direitos de todos são iguais", afirmou.
CRISE DO DOPING - Na entrevista à revista alemã, Bach também comentou sobre o caso polêmico enfrentado pela Federação Russa de Atletismo, que cumpre suspensão aplicado pela Associação Internacional das Federações de Atletismo (IAAF) em meio a um escândalo de uso e disseminação de substâncias dopantes a vários atletas e que pode custar ao paÃs a exclusão dos Jogos OlÃmpicos.
Para o dirigente, os esportistas que não usaram produtos ilÃcitos devem ser poupados. "Tem de haver tolerância zero, o que significa que todos envolvidos, sejam atletas, técnicos, médicos ou oficiais, devem ser punidos. Ao mesmo tempo, atletas limpos devem ser protegidos", comentou.
"A Associação Internacional das Federações de Atletismo agora tem de ver o progresso que está sendo feito e decidir se a suspensão deve ser retirada ou não", concluiu.
Fonte: Estadão Conteúdo