02/12/2015 16h09
Rio garante qualidade da água na Olimpíada e desqualifica estudo de agência
O Comitê Rio-2016 assegurou nesta quarta-feira que as competições de vela, canoagem de velocidade e remo serão realizadas na BaÃa de Guanabara e na Lagoa Rodrigo de Freitas com os locais "aptos para os atletas" durante os Jogos OlÃmpicos do próximo ano. A entidade se posicionou após um novo estudo encomendado pela agência de notÃcias The Associated Press (AP) apontar que as águas têm nÃveis de vÃrus patógenos equivalentes ao de esgoto bruto.
"Vamos fazer as competições na baÃa, em Copacabana e nos demais locais programados. As águas estarão aptas para os atletas. Estamos seguindo as recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS) e realizando os testes bacteriológicos", informou o Rio-2016.
Tanto o comitê quanto o Instituto Estadual do Ambiente (Inea), responsável pelo monitoramento das águas, destacaram que seguem os padrões internacionais - que tratam apenas da observação de marcadores bacterianos, e não virais, nas águas.
Uma primeira leva de estudos e análises, que a AP encomendara em julho passado, detectou a presença de vÃrus que causam doenças diretamente relacionadas ao contato com o esgoto em nÃveis até 1,7 milhão de vezes ao que seria considerado muito alarmante nos Estados Unidos ou na Europa. À época, a reportagem citava resultados de estudos realizados por uma universidade privada do Rio Grande do Sul.
Assim como acontecera na ocasião, nesta quarta-feira o instituto ambiental voltou a se posicionar e rechaçou os dados apresentados. "O Inea realiza há mais de 30 anos testes de balneabilidade. O Inea garante que as áreas olÃmpicas da BaÃa de Guanabara estão dentro dos padrões brasileiros, europeus e americanos para contato primário em Copacabana e secundário na Baia de Guanabara!", informou, por meio de nota.
O órgão também buscou desqualificar o estudo em que se baseou a reportagem. "O Inea segue a orientação da Organização Mundial de Saúde com a qual vem mantendo intercâmbio cientÃfico. O Inea lamenta que uma importante agência de notÃcias se baseie em testes de um professor de uma universidade privada do interior do Rio Grande do Sul que busca fazer fama à s custas dos Jogos OlÃmpicos! Entre seguir a orientação de um professor em busca de fama e a OMS, o Inea obviamente fica com a segunda opção!", diz o texto.
Fonte: Estadão Conteúdo