07/07/2016 21h46
Scheidt vê rivais melhorarem e avisa: 'Rio-2016 vai ser muito mais difícil'
Dono de cinco medalhas olÃmpicas, sendo duas dela de ouro, Robert Scheidt é mais uma vez candidato a subir ao pódio. Mas o maior medalhista olÃmpico brasileiro não vai chegar ao Rio-2016 com status de favorito. Aos 43 anos, ele segue entre os melhores do mundo da classe Laser, mas admite que não é o rival a ser batido.
"Para essa OlimpÃada eu tenho uma situação um pouco diferente. Não que eu seja um atleta pior do que eu era antes. O nÃvel todo aumentou. Hoje você está lutando muito mais por cada ponto, por cada metro e por cada situação da regata. Eu sei que essa OlimpÃada vai ser muito mais difÃcil porque eu não tenho aquela vantagem toda que eu tinha em 1996 e 2004", diz, em referência à s duas edições em que ganhou o ouro olÃmpico na Laser.
A dificuldade de se conseguir um grande resultado, entretanto, serve de incentivo para o brasileiro. "Se eu chegar ao resultado isso vai mostrar que eu superei uma coisa maior do que eu tinha superado antes, quando estava no meu auge", aponta Scheidt. "E é isso que estimula: Eu sei que o jogo vai ser mais duro do que antes, eu sei que vou ter que lutar e cada detalhe vai ser importante em cada regata"
Nas últimas duas OlimpÃadas, Scheidt competiu na classe Star, que foi excluÃda do programa para os Jogos do Rio. Assim, ele optou por voltar à Laser. O brasileiro teria lugar em qualquer equipe nas grandes competições de vela oceânica, mas decidiu disputar uma OlimpÃada. Queria competir em casa.
"Provavelmente se essa OlimpÃada fosse na China ou em Londres, eu não estaria encarando de Laser e estaria fazendo outra coisa. Mas o fato de ser aqui no Rio me motivou a seguir no Laser e tentar mais uma vez. Eu me sinto um privilegiado de poder chegar a competir na idade que eu estou, na minha sexta OlimpÃada, no Rio de Janeiro, e ser competitivo ainda."
Scheidt ficou apenas no 10.º lugar do Mundial disputado em maio passado, depois de ser o 16.º colocado na competição em 2015. Mas ele obteve bons resultados no Princesa Sofia (prata), na Copa do Mundo em Miami (ouro) e no último evento-teste (ficou em quarto).
Fonte: Estadão Conteúdo