18/10/2014 09h25
À meia-noite, relógios devem ser adiantados em 1h
O horário de verão começa a valer à meia-noite de hoje, quando os relógios devem ser adiantados em uma hora nas Regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste do Brasil, incluindo o Distrito Federal.
Os moradores dessas regiões precisam ficar atentos, porque a antecipação da rotina em uma hora pode levar a indisposições e sonolência. A alteração na quantidade de luz diária provoca alterações hormonais, o que pode criar mal-estar, diz a endocrinologista Jane Feudman.
Segundo ela, o corpo tem hormônios cuja concentração varia de acordo com os horários e a luz do dia. "Quando há alteração da rotina, você sofre um estresse, pois muda o momento do pico desses hormônios", diz.
O sono desregulado pode provocar irritabilidade, estresse e baixa produtividade, até o aumento da instabilidade vascular. Para evitar o problema, especialistas recomendam dormir de 15 a 20 minutos mais cedo nos dias que antecedem a mudança de horário.
Para as crianças, que sentem mais a diferença, a recomendação é ir para a cama mais cedo. Elas também podem amenizar a irritabilidade tirando pequenos cochilos durante o dia.
Sem consenso
"Eu e meu filho (de 8 anos) detestamos o horário de verão. Sinto que roubaram uma hora do meu dia, fico completamente atordoada", afirma a publicitária Tatiana Dolacio, de 39 anos. "Já eu, adoro. Gosto muito do verão", rebate o marido dela, o engenheiro Antônio Dolacio, de 43 anos.
Já o casal Ana Luiza Oliveira, de 36 anos, e André Pannunzio, de 43, está sintonizado: "Nós adoramos quando chega esta época. Somos conscientes do consumo de energia dentro de casa e esse horário ajuda a economizar ainda mais", explica Pannunzio.
Neste ano, a medida terá uma semana a mais de duração, por causa do carnaval - o horário especial acaba no dia 22 de fevereiro. Apesar disso, a previsão do Ministério de Minas e Energia é de que a economia por causa do horário de verão seja de R$ 278 milhões em eletricidade, bem menor do que os R$ 405 milhões do verão passado. Isso se deve principalmente ao uso mais intenso das termelétricas em 2014. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Fonte: Estadão Conteúdo