09/10/2014 08h45
Adesão a bônus cai e 25% consomem mais água na Grande SP
A adesão da população ao programa de bônus para economia de água na Grande São Paulo caiu no mês de setembro, segundo dados divulgados na quarta-feira, 8, pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp). Apesar do agravamento da crise de estiagem, 25% dos clientes da empresa aumentaram o consumo de água no mês passado, ante 24% em agosto.
De acordo com o levantamento, 49% dos clientes atingiram a meta de redução de 20% do consumo e ganharam o desconto de 30% na conta, enquanto 26% reduziram os gastos, mas abaixo do bônus. Essa redução levou a uma economia de 3,6 mil litros por segundo em setembro, 300 litros por segundo a menos do que em agosto.
Na região atendida pelo Sistema Cantareira, que compreende 8,8 milhões de pessoas, o consumo também subiu, apesar do agravamento da crise. Ontem, o manancial atingiu 5,5% da capacidade. Foram 24% dos clientes que elevaram o consumo, ante 22% em agosto. O aumento provocou uma alta no volume de água retirado pela Sabesp do manancial, de 21 mil litros por segundo, em agosto, para 21,4 mil litros por segundo no mês passado.
Para a presidente da Sabesp, Dilma Pena, os números são motivo para comemorar. "Nós temos o que comemorar. A população entendeu a crise e aderiu ao bônus, mudando de atitude de forma exemplar", afirmou. "Os clientes dos 25% foram todos visitados, são grandes condomÃnios."
Desde o lançamento do programa de bônus, em fevereiro, para a região do Cantareira, o mês de maio foi o que registrou a maior adesão, de 90% da população, e junho, o de maior economia efetiva, de 2,7 mil litros por segundo. No mês passado, a adesão na área do Cantareira foi de 76% e a economia, de 2,5 mil litros por segundo.
Aumento
O consumo também havia registrado alta durante a Copa do Mundo.
Levantamento da companhia, na época, mostrou que 26% dos clientes da região metropolitana, ou 5,2 milhões de pessoas, tinham aumentado o consumo nas leituras feitas entre 15 de junho e 15 de julho. No mês anterior, 21% haviam elevado o gasto.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Fonte: Estadão Conteúdo