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20/09/2013 09h16

Adolescentes e a cirurgia plástica: tabu que vem sendo quebrado

Em quatro anos, o número de cirurgias plásticas em adolescentes praticamente triplicou.

Você deixaria seu filho adolescente fazer uma cirurgia plástica? A cada ano aumenta cada vez mais o número de pacientes menores de idade que procuram esse tipo de operação - entre 2008 e 2012, o número de cirurgias plásticas em adolescentes quase triplicou, - mas será essa a melhor época para realizar os procedimentos estéticos?

A adolescência é uma fase de grandes transformações no corpo do jovem e que, consequentemente, traz consigo, muitas insatisfações com a aparência. Mas como saber se a queixa de um adolescente é apenas uma vaidade ou um problema que pode precisar de cirurgia plástica? Qual o papel dos pais na hora de autorizar ou não uma intervenção?
Segundo o Dr. Alderson Luiz Pacheco, cirurgião plástico da Clínica Michelangelo, de Curitiba – PR, podem existir as cirurgias que mexem com a saúde dos jovens – mesmo que seja psicológica - e aquelas que são apenas estéticas. Nos meninos, as mais procuradas são as de orelhas de abano e ginecomastia. Já na adolescente mulher, a lipoaspiração e a prótese de mama, ou a mamoplastia, são as mais visadas.
“A ginecomastia, condição que leva ao crescimento de uma ou de ambas as mamas nos homens, é bastante freqüente nessa idade. Ela pode acometer 50% dos meninos em um determinado momento do seu desenvolvimento e é uma cirurgia bastante indicada, porque permite que o adolescente pare de se sentir humilhado ou com vergonha e sinta-se ‘normal’, como os outros meninos da sua idade, sensação importante quando se está nessa faixa etária,” destaca Pacheco. 

Cirurgia que pode interferir diretamente na saúde das meninas é a mamoplastia. “O tamanho exagerado das mamas pode gerar sérios problemas na coluna caso a cirurgia seja feita muito tardiamente. Além disso, existe toda a questão da autoestima da menina, que pode se sentir envergonhada por ter seios muito grandes para a sua idade”, diz Pacheco 

Mas nem sempre a saúde é o motivo que leva os adolescentes a procurarem um cirurgião. A estética é a razão que leva 60% dos pacientes a enfrentar um bisturi no Brasil. 
Pacheco esclarece que um adolescente nem sempre pode ser operado simplesmente por vaidade, “tudo tem que ser muito bem avaliado pelo médico, conversado com o adolescente e com a família. O adolescente é apressado, quer tudo para ontem, e em muitas vezes precisa ouvir um ‘não’”, diz.

O médico diz que os pais têm muita dificuldade de contrariar os filhos, e isso pode gerar um grande problema para o futuro deles. “Eles precisam entender que as dificuldades pelas quais passarão o resto da vida não podem ser resolvidas por magia. Na grande maioria dos casos, alguma insatisfação reaparecerá. Agora não está mais no seio, mas pode aparecer, no futuro, no joelho, no nariz, na barriga, etc”, explica.

Para isso, é preciso muita conversa e opiniões de diferentes profissionais para que o adolescente e a família se sintam seguros na hora de marcar a cirurgia. A avaliação prévia evita falsas expectativas, ajuda no entendimento do procedimento e cria uma confiança mutua entre paciente e médico, aspecto importantíssimo para a realização da cirurgia. 


Fonte/Toda Comunicação

 

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