14/10/2014 11h00
Agentes são feitos reféns em rebelião no Paraná
A polÃcia retomou as negociações para colocar fim a rebelião na Penitenciária Industrial de Guarapuava, na região centro-sul do Paraná, na manhã desta terça-feira, 14. Os 80 presos que lideram o movimento mantêm 12 agentes penitenciários como reféns e outros 160 presos - a maioria por crimes sexuais - no telhado da penitenciária, de onde ameaçam jogá-los caso não sejam atendidas suas reivindicações, que ainda não foram divulgadas.
Um agente do Batalhão de Operações Especiais (Bope) chegou de Curitiba no final desta segunda-feira, 13, e iniciou a discussão com os presos, acompanhados da juÃza da Vara de Execuções Penais (VEP) de Cascavel, PatrÃcia Roque Carbonieri, além de policiais civis e militares. Essa é a 21ª rebelião em penitenciárias no Estado desde o final do ano passado.
Desde o começo do motim, dois presos foram jogados de cima do telhado da cadeia, um deles sofreu uma fratura e outro traumatismo craniano. Além deles, seis se jogaram do telhado com medo de represálias dos lÃderes do motim; todos foram atendidos por médicos que acompanhavam a rebelião. Um agente penitenciário chegou a ser queimado com cola e foi liberado para ser atendido pelos médicos.
Existe a suspeita, não confirmada, de que a rebelião possa estar ligada à s transferências de lideranças do PCC recentemente levadas do presÃdio de Cascavel, onde lideraram um motim, para Guarapuava.
Segundo o presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários do Paraná, Antony Jhonson, a situação está tensa no local e merece toda a atenção. "Nós cobramos do governo melhores condições de trabalho para os agentes, irÃamos fazer uma greve, mas o governo conseguiu uma liminar que evitou o nosso protesto", disse.
Essa é a primeira rebelião em Guarapuava desde sua inauguração, há 15 anos. O local é considerado modelo, pois no presÃdio há trabalho e estudo.
Fonte: Estadão Conteúdo