Seu laboratório adquiriu direitos de células do animal encontradas na Sibéria.
Hwang Woo-souk clonou cão em 2006 e já foi acusado de falsificar testes.
Um laboratório de bioengenharia sul-coreano liderado pelo polêmico cientista especialista em células-tronco Hwang Woo-souk confirmou nesta segunda-feira (25) que tem um projeto voltado a conseguir a clonagem de uma espécie de mamute extinta há 4,5 mil anos.
Com este objetivo, a sul-coreana Fundação de Pesquisa Sooam Biotech assinou um acordo com a Universidade Federal Nordeste da Rússia que lhe dá o direito exclusivo de estudar as células de mamute encontradas semanas atrás no noroeste da Sibéria, segundo responsáveis do laboratório citados pela agência "Yonhap".
Os pesquisadores da fundação sul-coreana tentarão clonar o animal, um mamute lanudo, mediante o uso de suas amostras de tecido junto com óvulos de uma elefanta indiana atual.
Após aplicar às células um processo de transferência nuclear, passo habitual nos processos de clonagem, os óvulos serão implantados no útero de uma elefanta, que gerará o mamute durante 22 meses.
"Ao haver recuperado amostras frescas de regiões polares nunca antes exploradas na Sibéria, este será um importante ponto de inflexão rumo à clonagem do mamute extinto", disse o professor Hwang.
Os especialistas consideram que clonar um mamute é possível, já que as células desse animal pré-histórico podem ser encontradas tanto em seu sangue e órgãos internos, como na pele e nos ossos.
O acordo com a universidade russa aconteceu seis meses depois que ambas as partes assinaram um primeiro pacto para que os pesquisadores sul-coreanos pudessem utilizar as amostras tiradas de restos de mamutes achados nas geleiras da República da Iacútia.
Cientista
O veterinário e investigador Hwang Woo-souk, considerado então um pioneiro no âmbito das células-tronco ao clonar um cachorro em 2005, caiu em desgraça em 2006, quando foi acusado de desviar fundos públicos e falsificar testes científicos para confirmar suas teorias sobre clonagem humana.
Em 2009, um tribunal de Seul o condenou a dois anos de prisão com suspensão da pena e atualmente realiza suas pesquisas no setor privado.
Fonte: G1