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25/09/2014 19h50

Coutinho defende definir preço para emissão de carbono

O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, disse nesta quinta-feira, 25, que é "indispensável estabelecer um preço para a emissão de carbono". Em palestra no Instituto Ethos, Coutinho afirmou que apenas pelo preço é possível criar uma "mobilização sistêmica de todo o setor privado produtivo na direção desejada". Coutinho, que compareceu à Cúpula do Clima em Nova York nesta semana, afirmou que os analistas estimam um preço de US$ 50 por megatonelada de carbono emitida para induzir esse processo.

Para incentivar um ambiente mais sustentável, o presidente do BNDES sugeriu uma arquitetura que envolve taxar as emissões de carbono, mas Coutinho também lembrou de um mecanismo que vigorou até 2012 ao redor do mundo, o qual previa tetos setoriais em várias atividades para emissão de carbono. Quem ultrapassasse esse limite, obrigatoriamente deveria contribuir para um fundo. Também era possível comprar créditos de carbono ao incentivar projetos sustentáveis. Para ele, uma combinação desses dois mecanismos é a alternativa mais interessante para reduzir as emissões de carbono.

Essa arquitetura deveria ser ampla e em escala global, afirmou. "Há mecanismos de precificação que não estão acompanhados dessa arquitetura de redistribuição. A taxação pode ser relevante, mas seria interessante que fosse combinada com subsídios", acrescentou.

O BNDES desembolsou R$ 24,5 bilhões no ano passado em projetos diretamente ligados à poupança, eficiência ou redução de emissão de carbono, disse Coutinho.

Energia solar

O presidente do BNDES afirmou também que "chegou a hora da energia solar" e ressaltou que há a expectativa de que se abra um caminho para o desenvolvimento desse tipo de energia, de modo semelhante ao que foi feito com a eólica. Coutinho disse que já há um tratamento tributário e regulatório para possibilitar esse desenvolvimento, restando apenas algumas questões estaduais, como definições sobre o ICMS.

Coutinho acrescentou que há condições para manter e ampliar a energia renovável dentro da matriz energética do Brasil. Ele lembrou que a geração de energia eólica saltou de um "número quase insignificante" há três anos para cerca de 4,7 gigawatts no fim deste ano. Coutinho ainda afirmou que há projetos para aumentar esse volume para 5,5 gigawatts e há a perspectiva de elevar esse número para algo entre 7 e 7,5 gigawatts.

Fonte: Estadão Conteúdo
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