02/09/2014 09h50
Defensor de viúva critica soltura de assassino de Glauco
O advogado Alexandre Khuri Miguel, que defende os interesses de Beatriz Galvão - mulher de Glauco Vilas Boas e mãe de Raoni - fez crÃticas à Justiça pela soltura de Carlos Eduardo Sundfeld Nunes, o Cadu, e se referiu ao novo episódio como "uma tragédia anunciada".
O advogado responsabilizou a famÃlia de Cadu pelo crime, uma vez que foram, segundo ele, os familiares que buscaram garantir na Justiça a avaliação de que Cadu não oferecia riscos à sociedade. "A responsabilidade é da famÃlia dele (Cadu), que assumiu a responsabilidade pelo rapaz, e de quem o mandou soltar", referindo-se à juÃza Telma Aparecida Alves, da 4ª Vara de Execuções Penais. "Dissemos, na época, que assinar essa soltura era como assinar um atestado de óbito. Vão entender agora que ele não é um louco. É um assassino frio e cruel. Quem o soltou deveria responder por dolo eventual, quando a pessoa assume o risco de cometer determinado ato. Soltá-lo foi um crime", disse o defensor.
O defensor chegou a cogitar pedir proteção policial de Beatriz à Justiça em agosto do ano passado, quando a soltura de Cadu foi divulgada. A mulher de Glauco continua morando na mesma casa, em um condomÃnio de Osasco, na Grande São Paulo, em que ocorreu o duplo homicÃdio cometido por Cadu. Segundo o advogado, ela não vai comentar o novo caso. O local é o endereço de uma comunidade voltada à s celebrações religiosas do Santo Daime.
"Ela nunca ficou sozinha. A casa fica em uma comunidade, onde há mais pessoas com ela o tempo todo", afirma Miguel.
Segurança
Já o próprio defensor, que atuou para tentar garantir a permanência de Cadu no presÃdio de Goiânia, disse ter adotado medidas para evitar uma aproximação do rapaz, classificado como esquizofrênico. "Já cheguei até a mostrar a foto dele para os seguranças que trabalham comigo, porque tudo poderia se esperar desse rapaz", afirmou Miguel.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Fonte: Estadão Conteúdo