23/10/2014 19h55
Delegada é encontrada morta em casa, na zona oeste do RJ
A delegada Tatiene Damaris Sobrinho Damasceno Furtado, que trabalhava como adjunta na 36ª DP, em Santa Cruz, na zona oeste do Rio, foi encontrada morta na cozinha de sua casa, em Realengo, na mesma região da cidade, por volta das 12h30 desta quinta-feira. Segundo a PolÃcia Militar, o corpo não tinha marcas de tiros ou facadas, mas apresentava hematomas. Não havia sinais de arrombamento nas portas da casa.
Tatiene era casada e tinha dois filhos, uma adolescente de 17 anos que não morava com ela e uma menina de 3 anos. Vizinhos contaram ter visto movimento na casa em três momentos, hoje, antes do crime: no inÃcio da manhã um veÃculo escolar foi buscar a filha da delegada e logo depois o marido dela saiu em seu Fox preto. Às 12h30 ele voltou para casa e disse à polÃcia ter encontrado a mulher já morta. Então chamou a polÃcia. O marido foi encaminhado à Divisão de HomicÃdios, onde prestou depoimento.
Agentes afirmam que a delegada estava sofrendo ameaças de um grupo de milicianos. O bairro de Santa Cruz, em cuja delegacia ela atuava desde agosto, é um dos principais redutos de milÃcias no Rio. Em Realengo, onde ela morava, não há registro de milÃcias, mas supostos traficantes chegaram a soltar fogos de artifÃcio, hoje, quando a polÃcia chegou para investigar o caso.
A Divisão de HomicÃdios instaurou inquérito para apurar as circunstâncias da morte da delegada. Segundo a PolÃcia Civil, foi feita perÃcia e agentes já solicitaram imagens de uma câmera de segurança instalada a 100 metros da casa da delegada. Por enquanto a polÃcia não descarta nenhuma hipótese para o crime. Tatiene ingressou na PolÃcia Civil como papiloscopista, em 2005. Em 2008 foi aprovada no concurso para delegado de polÃcia e desde então só trabalhou em delegacias da zona oeste: 34ª DP (Bangu), 35ª DP (Campo Grande) e, desde agosto, na 36ª DP (Santa Cruz). A Divisão de HomicÃdios convocou os delegados da região de Realengo, onde Tatiene morava, para uma reunião emergencial realizada ainda hoje.
Fonte: Estadão Conteúdo