Amplamente disponível e totalmente sustentável, a energia solar é uma das mais promissoras que existem. Por enquanto, só promissora, mesmo. Um motivo de ela continuar meio apagada é que só pode ser obtida durante o dia. A esperança de reverter esse quadro é passar a captar a luz no lugar certo: no espaço.
O projeto mais novo para realizar essa façanha é o mostrado abaixo, criado pela empresa Artemis Innovation com patrocínio da Nasa. A estratégia de colocar as placas no espaço aumentaria a eficiência da captação de luz porque, em órbita, elas passam apenas uma hora por dia no escuro, em vez da noite inteira. Imitar a natureza, com o formato de uma flor, também aumenta a eficiência da placa. As “pétalas” cobertas de espelhos canalizam a luz para convertê-la em calor no “caule”. A ideia é transmitir a energia em ondas de baixa frequência para estações na Terra, onde ela seria transformada em eletricidade.
“Com o financiamento, o protótipo pode ser construído em até 7 anos e o projeto começa a operar comercialmente em 15 anos”, afirma John C. Mankins, presidente da Artemis. A primeira etapa vai usar US$ 10 milhões para realizar uma demonstração em órbita baixa. Depois, a empresa vai precisar de mais US$ 1 bilhão para um primeiro satélite, que geraria 1 GW — Itaipu gera 14 GW. Se der certo, a ideia é montar usinas combinando flores-satélite em verdadeiros buquês espaciais.