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18/09/2014 16h10

Focos de incêndios aumentam 131% no Estado de SP

Satélites do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) registraram 3.052 focos de incêndio este ano no Estado de São Paulo, aumento de 131% em relação ao mesmo período do ano passado. Em todo ano de 2013, foram detectados 2.055 focos. De acordo com o Comitê Executivo de Prevenção e Combate a Incêndios do governo estadual, a principal causa do aumento é a estiagem que atinge todo o Estado - a maior escassez de chuvas dos últimos 45 anos.

Até a manhã desta quinta-feira, 18, tinham sido aplicadas pela Polícia Militar Ambiental e pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) 373 multas ou sanções por uso irregular de fogo, como a soltura de balões, uso de velas em rituais a céu aberto e fogueiras irregulares. Foram realizadas 14,878 frentes de combate a incêndios, média de 57 ocorrências por dia. Já foram queimados 2.025 hectares em Unidades de Conservação, contra 1.088 de todo ano passado.

O comando do Corpo de Bombeiros acredita que muitos dos focos podem ter origem criminosa. Alguns casos estão sendo investigados, como um incêndio que devastou cerca de 80 hectares de matas no entorno da Floresta Nacional de Ipanema, no início desta semana, atingindo área do Centro Experimental Aramar, da Marinha, onde são realizadas atividades do programa nuclear brasileiro. Incêndios que atingiram linhões de energia no bairro do Éden, em Sorocaba, e ameaçaram uma base da Polícia Militar Rodoviária, em Itu, também estão sob investigação.

É a primeira vez desde 2011, quando foi criada a operação Corta Fogo para prevenir e combater incêndios florestais, que o número de queimadas cresce no Estado. No primeiro ano houve redução de 52% nos focos em relação ao número histórico e, no ano seguinte, uma queda de 64%. Este ano, o aumento ocorreu apesar da redução no número de queimadas controladas de cana-de-açúcar em razão de protocolo assinado pelas usinas com o governo estadual. Além disso, a queima da palha para colher a cana está suspensa em grande parte do Estado em razão da baixa umidade do ar. A operação vai usar helicópteros e substâncias com tecnologia de encapsulamento para dar mais rapidez à ação de apagar incêndios.

Fonte: Estadão Conteúdo
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