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12/04/2012 14h22

Gerais As maiores barreiras para ouvir bem

As maiores barreiras para ouvir bem

Nas ruas é comum encontrarmos pessoas usando óculos, mas não é isso o que acontece no caso da deficiência auditiva. Apenas 40% das pessoas com perda de audição reconhecem que ouvem mal.

 

A falta de informação e o preconceito fazem com que a maioria demore, em média, seis anos para tomar uma providência. Ao sentir alguma dificuldade para ouvir, a pessoa deve consultar um especialista que irá avaliar a causa, o tipo e o grau da perda auditiva. A partir do resultado dos testes, como o de audiometria, será indicado o tratamento mais adequado. Muitas vezes, o uso de aparelho auditivo resolve o problema.

 

Não há demérito algum em usar aparelho auditivo. Atualmente, existem aparelhos modernos, pequenos e quase imperceptíveis, como os da Telex, com tecnologia digital, que não ofendem a vaidade de quem usa. Por que não fazer uso dessa tecnologia e ouvir melhor, sentindo-se mais confiante para conversar com os familiares, amigos e colegas de trabalho? O aparelho contribui para melhorar muito a autoestima, proporcionando bem-estar, liberdade, alegria, qualidade de vida.

 

Pessoas com perda auditiva têm problemas de relacionamento na família, no trabalho e entre amigos. O que ocorre muitas vezes é um constrangimento, de ambas as partes, devido à dificuldade na comunicação, o que acaba por afastar os deficientes auditivos do convívio em sociedade, podendo acarretar até mesmo numa depressão. Falar sobre deficiência auditiva nunca é fácil, por causa da resistência que as pessoas têm em admitir a surdez. Mas, trazer à tona o problema é a melhor coisa a fazer. Familiares e amigos podem oferecer um apoio importante.

 

Mais de 15 milhões de brasileiros têm problemas de audição, segundo dados da Organização Mundial de Saúde. Neste balanço estão incluídos os 12 millhões com mais de 65 anos que sofrem algum grau de perda auditiva. Além de uma exposição contínua a ruídos - seja no trabalho, nas ruas ou em casa -, outros fatores podem levar à perda auditiva: doenças congênitas ou adquiridas, traumas, uso de medicamentos ototóxicos e idade avançada. No caso dos idosos, o déficit auditivo pode ocorrer por causa de mudanças degenerativas naturais do envelhecimento, chamadas de presbiacusia.

 

À medida em que você envelhece, as células ciliadas da orelha interna começam a se degenerar, mas algumas pessoas perdem a audição mais cedo e mais rápido do que outras. Muitos começam a sentir o problema quando estão na “faixa” dos 30 a 40 anos. Pesquisas revelam que um em cada cinco adultos com mais de 40 anos e mais da metade de todas as pessoas com idade acima de 80 sofrem de perda auditiva. No entanto, mais da metade da população deficiente auditiva ainda está em idade de trabalhar.

 

A maioria das pessoas com presbiacusia começa a perder audição quando há um declínio na sua capacidade de ouvir sons de alta frequência (uma conversação contém sons de alta frequência). Portanto, o primeiro sinal de presbiacusia pode ser a dificuldade de ouvir o que as pessoas dizem para você. Os sons da fala com mais alta frequência são as consoantes, como o S, T, K, P e F.

 

Quando a indicação é o uso de aparelho auditivo, alguns pacientes se sentem punidos por isso. Infelizmente, muitas vezes, quando a pessoa procura tratamento, o caso já está mais grave. A perda se dá de maneira lenta e progressiva e, com o decorrer dos anos, a deficiência atinge um estágio mais avançado.

 

Cabe aos fonoaudiólogos indicar qual tipo e modelo de aparelho que atende as necessidades do deficiente auditivo. O aparelho será então regulado para tornar os sons audíveis para o paciente; mas nem sempre o ajuste certo é obtido nos primeiros dias de uso. Alguns passam tantos anos sem ouvir direito que estranham quando voltam a escutar determinados sons. Por isso, é necessário um acompanhamento por parte do fonoaudiólogo.

 

Ainda há grande preconceito em relação ao uso de aparelhos de audição e falta informação sobre os avanços tecnológicos na área, mas é bom lembrar que a audição é muito importante nas nossas relações, em nosso dia-a-dia. Atualmente, os aparelhos são muito discretos. Então, por que não pensar no assunto e fazer logo um exame?

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