08/02/2023 13h50
Ibama e Funai iniciam retomada do território Yanomami e destroem aeronaves
O governo federal deu inÃcio à s ações de repreensão ao crime e de retirada dos garimpeiros da terra indÃgena Yanomami, em Roraima. Entre a segunda-feira, 6, e o inÃcio da noite de terça-feira, 7, foram destruÃdos um helicóptero, um avião, um trator de esteira e estruturas de apoio logÃstico ao garimpo. Foram apreendidas ainda duas armas e três barcos, com cerca de 5 mil litros de combustÃvel.
A ação foi liderada por agentes do Ibama, com apoio da Fundação Nacional dos Povos IndÃgenas (Funai) e da Força Nacional de Segurança Pública.
Ibama e Força Nacional instalaram uma base de controle no rio Uraricoera, principal rota fluvial da região, para impedir o fluxo de suprimentos para os garimpos. Além de gasolina e diesel, os barcos apreendidos carregavam cerca de uma tonelada de alimentos, freezers, geradores e antenas de internet.
Todos os suprimentos serão usados para abastecer a base de controle. Nenhuma embarcação com carregamento de combustÃvel e equipamentos será autorizada a seguir daquele ponto de bloqueio em direção aos garimpos.
A instalação de bases de controle será estendida para outras áreas da terra indÃgena. A estrutura logÃstica é fornecida pela Funai, com o apoio dos próprios indÃgenas nesta fase da operação.
A ação aérea é realizada pelo Grupo Especializado de Fiscalização (GEF) do Ibama, que monitora pistas de pouso clandestinas na região. Sobrevoos para identificar e destruir a infraestrutura do garimpo, como aviões, helicópteros, motores e instalações, serão mantidos. O trator destruÃdo era usado para abrir "ramais" na floresta.
O Ibama também fiscaliza distribuidoras e revendedoras responsáveis pelo comércio irregular de combustÃvel de aviação que abastece os garimpos.
O objetivo principal da operação é inviabilizar linhas de suprimento e rotas que abastecem e escoam a produção do garimpo, além de garantir a permanência das equipes de fiscalização por prazo indeterminado. As ações foram acompanhadas pela Procuradoria Nacional de Defesa do Clima e do Meio Ambiente, da Advocacia-Geral da União (AGU).
Fonte: Estadão Conteúdo