16/10/2014 13h25
Incêndio atinge Mata Atlântica em Petrópolis
Logo na chegada a Petrópolis, na região serrana fluminense, já é possÃvel sentir o cheiro de queimado no ar. Na direção do distrito de Itaipava, extensos quilômetros de Mata Atlântica que beiram a estrada foram devastados pelo fogo. O local fica perto de diversas casas, inclusive barracos de madeira. Nos espaços que não foram queimados, as plantas sofrem com a estiagem e a seca.
Moradora do bairro Quitandinha, Neir Maria dos Santos, de 41 anos, contou que no fim de semana teve dificuldades para respirar por causa da queimada em Araras. "O ar está muito quente e pesado nesses dias. Coloquei roupa branca no varal à noite e no dia seguinte estava preta, cheia de fuligem".
O incêndio em Araras já foi controlado pelo quartel local do Corpo de Bombeiros. Agora todos os esforços estão voltados para combater a queimada no Parque Nacional da Serra dos Órgãos. Até esta quarta-feira, 15, um quarto do parque que mede 2 mil hectares tinha sido consumido pelas chamas. Dois veterinários e dois voluntários trabalham dentro do parque na tentativa de salvar os animais.
O governador e candidato à reeleição, Luiz Fernando Pezão (PMDB) fará um sobrevoo pela área atingida pelos focos de incêndio com o secretário de Estado de Defesa Civil e comandante-geral do Corpo de Bombeiros, coronel Sérgio Simões. Ao meio dia eles conversarão com a imprensa.
Segundo a assessoria de imprensa do Corpo de Bombeiros, 170 militares de cinco quartéis (Petrópolis, Itaipava, Alto da Boa Vista, Barra da Tijuca e Central) estão na Região Serrana para combater o fogo na vegetação de Mata Atlântica.
Também são usadas 20 viaturas e cinco helicópteros (dois do Corpo de Bombeiros, um da Marinha, um da PolÃcia Militar e um da PolÃcia Civil). Os esforços estão voltados para os focos em locais remotos (onde não é possÃvel chegar por terra) para que não haja expansão do fogo.
Na nota, o Corpo de Bombeiros "alerta para o perÃodo de estiagem que atinge toda a região Sudeste e pede que as pessoas denunciem atos que possam gerar novas ocorrências".
Fonte: Estadão Conteúdo