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28/12/2012 10h04

Major Antônio Martiniano da Silva Bemfica

O Cavaleiro da Ordem da Rosa, Major Antônio Martiniano da Silva Bemfica, o Músico, nasceu na pequena cidade de Aiuruoca por volta de 1840. Não se tem certeza da data de seu nascimento. Porém há registro no cartório local de sua morte, no ano de 1904. filho do Capitão Jose da Silva Bemfica e D. Marianna Carolina Ferreira, neto paterno José da Silva Bemfica, natural de Bemfica, Portugal e Andreza Ferreira Felgas. Em Aiuruoca exerceu a Presidência da Câmara Municipal e Tabelionato. Era casado com Dona Alexandrina Adelaide de Souza.

O Major Bemfica, segundo consta pesquisas, compôs suas primeiras obras ainda na meninice. Foi encontrado um Ave Maris Stella dele quando ainda era jovem. As outras composições datam de, mais ou menos, 1880 em diante.

Na cidade de Aiuruoca, o Major Bemfica era dono de um cartório e desenvolvia também a atividade de músico, era maestro de uma antiga corporação de músicos da cidade. Pelo que consta a tradição oral compunha e cantava a parte do Baixo, mas não se sabe se tocava na corporação algum instrumento.

O Major Bemfica contava com a simpatia do então Imperador, D. Pedro II. Seu nome é citado nos diários do imperador por ocasião de uma visita a Minas Gerais. Recebeu do Império o título de Cavaleiro da Ordem da Rosa. Um ‘Te Deum’, dedicado a D. Pedro II foi aceito pelo mesmo e encontra-se cópia no arquivo da Capela real.

Sua obra, basicamente sacra, compõe-se de Ofícios, Laudes, Ladainhas, Missas, Novenas, um Te Deum, alguns Hinos e outras peças de fundo sacro.

A maior parte de seu trabalho encontra-se nos arquivos das orquestras Lira Sanjoanense, Orquestra Ribeiro Bastos, ambas de São João Del Rey, USP e em arquivos particulares. Recentemente, o Museu da Inconfidência editou um ‘Hosanna Filio David da Dominica in Palmis’ do autor.

O maestro e também compositor, sobrinho tataraneto do Major Bemfica, Rafael Sales Arantes tem se dedicado à recuperação de sua obra. Após a morte do major Bemfica, sua viúva, D. Alexandrina, vendeu seu arquivo ao maestro Francisco Gomes Ribeiro. Posteriormente, na década de 80, o arquivo foi comprado pela USP.

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