Secretária afirma que o desafio é manter o processo de crescimento do Estado e superar os gargalos
Secretária Dorothea Werneck durante pronunciamento no evento |
A secretária de Estado de Desenvolvimento Econômico, Dorothea Werneck, disse, nesta quinta-feira (3), que o desafio desta nova gestão é manter o processo de crescimento do Estado e que, por isso mesmo, o Governo de Minas já iniciou o trabalho para superar os principais gargalos de infraestrutura que ainda dificultam o desenvolvimento econômico, principalmente no setor de transportes e logística.
“Já ouvimos a Vale e a FCA. Em breve, queremos sentar com a MRS e também a Vitória Minas. Paralelamente, a unidade de Parceria Público-Privada (PPP) desenvolverá uma modelagem adequada para apresentar uma avaliação de soluções ferroviárias para Minas Gerais em conjunto com a Secretaria de Transportes e Obras Públicas (Setop) e outros parceiros. Com este trabalho queremos pensar ramais novos, mas iremos aproveitar e melhorar a malha que já existe”, enfatizou.
A secretária participou, nesta quinta-feira, ao lado do presidente do Instituto de Desenvolvimento Integrado de Minas Gerais (Indi), José Frederico Álvares, do lançamento da nova logomarca do instituto e do livro “Indi Memórias 1968-2010”. A solenidade, que contou com a presença de autoridades, empresários, ex-presidentes e ex-diretores do Instituto, foi realizada no auditório Paulo Camillo Penna do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG).
O presidente do Indi também afirmou que, sob a liderança da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (Sede), a prioridade é a infraestrutura para que a captação de investimentos para as áreas mais carentes do Estado possa ser acelerada e, assim, a meta de geração de empregos seja atingida. Frederico Álvares salientou, ainda, que na busca de novos investimentos, o Indi, através de uma postura mais atrativa, quer ultrapassar as fronteiras nacionais e procurar novos investidores também fora do país.
Novo modelo
Porta de entrada para o investidor em Minas Gerais, com recorde na captação de investimentos em 2010, quando atingiu mais de R$ 53 bilhões com a geração de mais de 155 mil empregos diretos e indiretos, os números do Indi são resultado das ações intensivas na atração de investimentos em diversas cadeias produtivas como mineração, siderurgia, bioenergia, têxtil, calçados, papelão, celulose, embalagens e alimentos. Os projetos estão em fase de implantação e avaliação de impactos ambientais, mas todos integram a carteira do instituto, que tem contabilizados investimentos superiores a R$ 264 bilhões desde 2003. Tais projetos são estratégicos do ponto de vista de agregação de valor e diversificação da base produtiva de Minas Gerais em futuro próximo.
Tanto o livro quanto a nova logomarca coincidem com a implantação de um novo modelo de gestão. Órgão integrante do Sistema Operacional de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais, liderado pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sede), o Indi passou a adotar, desde o ano passado, modernos princípios da administração privada. Para isso, leva em conta o alinhamento estratégico com as políticas de Estado, privilegia a reestruturação organizacional, a ampliação de núcleos de inteligência empresarial e a elaboração de estudos de mercado contemplando as potencialidades de setores econômicos e cadeias produtivas relevantes para o Estado.
Essas ações visam prospectar, atrair, ampliar e reter investimentos de interesse da economia mineira, consolidando o Indi não só como porta de entrada dos empreendedores, mas também como órgão com função de dar suporte integral aos investidores em Minas.
Logomarca
A partir dessa nova identidade, surgiu a necessidade de desenvolver uma nova logomarca, criada com foco no futuro e nos pilares “Indústria, Integração e Inteligência e Inovação”. Por isso mesmo, é uma evolução da marca anterior, mantendo, inclusive, as cores básicas, vermelho, branco e preto, assim como o triângulo. O triângulo, porém, ganhou uma inclinação, com uma seta, e é dividido em três triângulos, cada um com um tom de vermelho, caracterizando os três pilares citados e sinalizando que para um novo tempo, uma nova marca. Também as letras aparecem de uma forma limpa, moderna, focada em uma imagem mais tecnológica.
O primeiro pilar quer mostrar a integração entre governo, empresários e sociedade, já o da inteligência e inovação significa o campo dos negócios, do desenvolvimento e da competitividade. O terceiro triângulo simboliza a indústria, responsável pela transformação do trabalho em desenvolvimento econômico e social sustentável.
Livro
Já o livro, mais que um relato de memórias, apresenta a trajetória da economia mineira até chegar ao novo conceito do papel do Estado e dos seus órgãos, como no caso do Indi, de ser um facilitador para o investidor, oferecendo assistência desde o desenvolvimento de projetos até o início da produção ou prestação de serviços. A obra deixa claro também o trabalho na formação de parcerias estratégicas com o setor privado, visando ao desenvolvimento industrial e comercial, interiorização da indústria e a política integrada de meio ambiente.
Com mais de 200 páginas, o livro é um rico acervo documental e iconográfico. Apresenta os marcos de atuação e desempenho dispostos cronologicamente, o panorama da economia mineira e os principais eixos da ação administrativa do Governo do Estado.
Organizado por João Carlos Vitor Garcia e Fábio Márcio de Proença Doyle, a publicação faz referências às principais realizações da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) e do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG), empresas que instituíram e mantêm o Indi. O material é apresentado em seis capítulos, obedecendo a uma periodização em cuja base se encontra o que a historiografia da economia mineira aponta como seus principais marcos. Busca-se, assim, situar o Instituto de Desenvolvimento Integrado no processo de desenvolvimento do Estado.
O primeiro capítulo levanta importantes aspectos dos anos 1940 até o final da década de 1950, em que se destacam os problemas de infraestrutura (energia e transporte), as iniciativas dos governos Milton Campos e Juscelino Kubitschek e a criação da Cemig.
O segundo fixa-se na década de 1960 e tem como pano de fundo a criação e modernização do aparato institucional do Estado para estabelecer, sobretudo, maior capacidade de planejar sua atuação no campo econômico. É a década em que nascem o BDMG e o Indi. O capítulo terceiro é dedicado aos primeiros anos de atuação do Indi na década de 1970 até o início dos anos 1980, momento em que a economia experimenta crescimento significativo.
Nos capítulos seguintes, quatro e cinco, as atividades do Indi são retratadas tendo como panorama, respectivamente, os anos 1980 até meados da década de 1990, marcados por crises, e o período de 1994 até o presente, caracterizado pela estabilidade econômica. O capítulo seis, que conclui o trabalho, aborda brevemente os desafios e perspectivas do instituto no contexto da economia do conhecimento.
fonte: Agência Minas