11/10/2022 19h00
Nasa anuncia que conseguiu desviar o curso de um asteroide em 'treino'
A Nasa anunciou nesta terça-feira, 11, que a espaçonave Dart conseguiu desviar o curso de um asteroide de 160 metros após uma colisão programada ainda no mês passado. "Pela primeira vez na história, a humanidade mudou o curso de um corpo celestial", comemorou Lori Glaze, diretora da agência espacial.
Uma equipe de cientistas da Nasa analisou a alteração na órbita da Dimorphos, que é uma lua de um asteroide maior, o Didymos. Após a colisão com a nave da agência no último dia 26, o asteroide menor mudou em 32 minutos o seu percurso em torno da Didymos. A margem de erro do cálculo é de dois minutos, para mais ou para menos.
O desvio no curso da Dimorphos foi um teste executado pela Nasa para medir até que ponto ela estaria apta a defender a Terra caso houvesse um asteroide em rota de colisão com o planeta. A agência frisa, entretanto, que até o momento esse tipo de ação nunca foi necessária.
"Todos nós temos uma responsabilidade de protegermos nosso planeta. Afinal, ele é o único que temos", disse Bill Nelson, administrador da agência. "Essa missão mostra que a Na está tentando ficar pronta para o que quer que o universo jogue na nossa direção."
A espaçonave Dart, que colidiu com o asteroide, foi enviada ao espaço há quase um ano e completamente destruÃda após o impacto. A missão teste custou cerca de US$ 325 milhões (aproximadamente, R$ 1,7 bilhão).
"À medida em que novos dados chegam diariamente, os astrônomos poderão avaliar melhor se, e como, uma missão como a Dart poderia ser usada no futuro para ajudar a proteger a Terra de uma colisão com um asteroide se nós eventualmente descobrirmos que há um em nossa direção", completou Lori.
Na quarta-feira, 5, um laboratório da Fundação Nacional da Ciência, no Arizona, divulgou imagens da trajetória do asteroide após a colisão. Elas mostram uma cauda em expansão, semelhante a um cometa, com mais de 10 mil quilômetros de comprimento, constituÃda por poeira e outros materiais expelidos da cratera de impacto.
Fonte: Estadão Conteúdo