04/09/2014 09h10
No mundo, há 1 suicídio a cada 40 segundos
O suicÃdio se tornou uma epidemia de proporções globais, mata mais de 800 mil pessoas por ano e 75% dos casos são registrados em paÃses emergentes e pobres, não nas capitais escandinavas, como a cultura popular insiste. Nesta quinta-feira, 4, a Organização Mundial da Saúde (OMS) publica, pela primeira vez em mais de 50 anos de história, um levantamento global sobre o fenômeno que tira a vida de uma pessoa a cada 40 segundos.
O estigma faz só um pequeno número de paÃses coletar dados sobre o fenômeno. Dos 194 paÃses da OMS, apenas 60 mantêm informações sobre o assunto.
Diante dessa realidade, a Organização Mundial de Saúde vai lançar-se em campanha para ajudar governos a desenhar programas de prevenção e reduzir a taxa em 10% até 2020. Hoje apenas 28 paÃses pelo mundo têm estratégias nacionais de prevenção. "Para cada suicÃdio cometido, muitos outros tentam a cada ano", alerta a OMS.
Brasil. Em termos absolutos, o Brasil é o oitavo paÃs do mundo com maior número de casos de suicÃdio, mais de 11,8 mil em 2012. Mas, em proporção ao tamanho da população, a taxa é inferior à média mundial. O que preocupa os especialistas é que esse comportamento tem atingido número cada vez maior de pessoas. Em apenas dez anos, o número de suicÃdios aumentou no PaÃs em mais de 10%.
A liderança em termos de números absolutos é da Ãndia, com 258 mil casos por ano. A China vem em segundo lugar, com 120 mil. Na terceira posição estão os americanos, com 43 mil suicÃdios por ano, seguidos por Rússia, Japão, Coreia, Paquistão e Brasil.
Na liderança em termos proporcionais está a Guiana, com 44 casos para cada 100 mil pessoas. A Coreia do Norte vem em segundo lugar, com 38,5 casos. Sri Lanka, Coreia do Sul e Lituânia dividem a terceira colocação, com 28 casos para cada 100 mil pessoas. Locais associados com esse comportamento, como Suécia, Finlândia e SuÃça registram taxas de 11, 14 e 9 casos para cada cem mil pessoas.
O Brasil está distante desse grupo. Mas o PaÃs passou de uma taxa de 5,3 casos por 100 mil pessoas em 2000 para 5,8 em 2012.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Fonte: Estadão Conteúdo