Diante das mudanças impactantes que vivemos neste início de século 21, uma das mais sensíveis está ocorrendo principalmente no mercado de trabalho. Quando mais a tecnologia avança, permeando diferentes áreas do cotidiano humano, mais se torna necessário nas empresas a presença de indivíduos extremamente qualificados, isto é, portadores de não só competências técnicas, mas, sobretudo de competências comportamentais, com destaque principalmente para as habilidades de liderança e de relacionamento. Neste cenário de transformações significativas e constantes, vários gestores de Rh de diferentes organizações estão alinhando as suas estratégias de recrutamento, seleção, desenvolvimento e retenção de futuros talentos às demandas crescentes desta nova reconfiguração do mercado de trabalho global. Atualmente, mais do que contratar um simples funcionário para uma atividade meramente operacional e rotineira, estes gestores estão à busca de líderes, ou seja, indivíduos talentosos que mesmo inicialmente ocupando os menores níveis da hierarquia organizacional de uma corporação, possuem um potencial, ainda que latente, para a liderança em seus respectivos setores de atuação. E ser líder não é algo fácil! O líder é alguém que na sua essência entende e gosta de gente! Alguém que tem interesse genuíno pelas pessoas com as quais convive, sendo “meio de cultura” para o desenvolvimento pessoal e profissional daqueles que estão a sua volta.
Costumo dizer em algumas palestras, que somos admitidos em uma organização pela nossa competência técnica, a expertise em uma determinada área de conhecimento, e muitas vezes, demitidos pela nossa incompetência comportamental, isto é, a inabilidade em saber conviver e concorrer no ambiente corporativo, pela dificuldade em transitar na “escorregadia estrada” da diversidade pessoal em nossos relacionamentos profissionais.
Para evitar que isto aconteça, busquemos exercitar as competências de liderança e de relacionamento no dia a dia das nossas atribuições pessoais e profissionais. Independentemente do nível hierárquico que você ocupe em uma organização, passe a pensar de forma sistêmica, isto é, de modo mais amplo o valor da sua função dentro do organograma da sua empresa. Procure contribuir com idéias, sugestões, inovações na maneira de conceber e realizar as tarefas do dia a dia. Aprenda a compreender as pessoas que pensam de modo diferente do seu; talvez esteja aí uma excelente oportunidade para um grande crescimento pessoal e profissional, além de uma boa chance de “repaginar” o seu jeito de encarar a vida e o trabalho. Busque a excelência em tudo o que você venha a fazer e incentive os que estão ao seu redor a fazer o mesmo, não dando ouvidos a eventuais rotulagens que possam lhe atribuir. Faça com que as pessoas do seu convívio pessoal e profissional tenham prazer em desfrutar da sua companhia. Seja solidário para com todos a sua volta e não cobre dos outros àquilo o que você mesmo não daria conta de fazer.
Mude primeiro e para melhor a sua maneira de lidar com os problemas e com as pessoas e consequentemente tudo mudará ao seu redor! Por mais que a sua empresa esteja aprimorando os produtos, os processos, as rotinas e as ações, jamais esqueça que o diferencial não está na tecnologia empregada, mas sim nas pessoas que fazem o uso dela.
Sucesso!
Por Marcelo Arteiro, mestrado em Administração na UFLA/MG, Palestrante Organizaciona.
De Liberdade/MG.
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